Conhecimento, Ciência e Ditadura Científica

13 comentários sobre “Conhecimento, Ciência e Ditadura Científica”

  1. Caro Dr. Vinagre,
    Sou médica cirurgiã, com doutorado que considero digna e honestamente obtido, e compartilho de sua acidez em relação a esse assunto.
    Confesso que fiquei absolutamente embasbacada com a, digamos, impressionante ilha de doçura onde o Sr. coloca Fumiko Nishio, em meio ao seu grande oceano de acidez! Ver esse nome comparado ao de Ramanujan e fazendo paralelo com citações de Albert Einstein foi motivo de total surpresa e, ao mesmo tempo, orgulho e satisfação.
    Devo, no entanto, corrigir um detalhe em seu artigo: Fumiko Nishio era sexagenária no início de suas pesquisas referentes aos nematoides, mas deixou de sê-la há mais de duas décadas. É viúva há sete anos, período em que continuou cultivando, sozinha, 180 pés de caqui. E, ontem, faltando cinco dias para completar 84 anos, anunciou que finalmente encerrará suas atividades de cultivo dessa fruta.
    Com todo o respeito e imensa gratidão,
    Sunao Nishio, filha de Fumiko Nishio

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      1. Agradeço a errata, porém, em nenhum momento do artigo foi feita essa afirmação.
        O que eu disse no artigo foi que ela havia “começado a sua epopéia científica” aos
        60 anos, ou em outras palavras, sendo sexagenária.
        Usei os dados da publicação.

        O brigado mesmo assim

        Jose Luiz M Garcia

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    1. Prezada Dra Sunao Nishio,

      Fico satisfeito em saber que a minha homenagem a sua mãe, extensiva a todas as outras mulheres
      laboriosas, tenazes, imaginativas e resilientes, não foi em vão.

      Eu uso esse meu “oceano de acidez” para fazer críticas a sociedade que acredito pertinentes, dai o
      meu jocoso nick name Dr. Vinagre, PhD, o qual eu também já expliquei em um dos meus artigos.

      Uma dessas criticas que faço é com a proliferação de Universidades de baixa qualidade que dá origem
      a títulos igualmente de baixa qualidade sem o devido lastro cultural, e muito menos científico, que gera
      um verdadeiro exército de fake “especialistas” que, em ultima analise, são aqueles que podem sempre dar a ultima
      palavra em tudo, configurando-se, dessa forma, uma verdadeira Ditadura Científica.

      A comparação que fiz dela, mesmo havendo ressaltado que “guardadas as devidas proporções”, com o matemático
      Ramanujan não foram de maneira nenhuma fora de proporção. Tanto ela, quanto Ramanujan, assim como Einstein, tem/tinham
      algo em comum, qual seja, a imaginação, e segundo esse mesmo Einstein a imaginação é mais importante que a erudição ou a
      informação. E foi com essa imaginação que ele revolucionou a Física, caso contrário ainda estaríamos contando a história da maça
      do Newton.

      E essa característica, a imaginação, a capacidade de se usar o cérebro na sua plena potencialidade, infelizmente não se aprende na universidade.

      No artigo eu simplesmente disse que a Sra Fumiko era sexagenária quando “começou a sua epopéia científica”. Não afirmei que ela
      ainda seria sexagenária hoje. Reli o artigo e não consegui encontrar nenhuma afirmação que sugerisse isso, mas agradeço mesmo assim,
      essa sua consideração e informação.

      A vida da Sra Fumiko é realmente um motivo de exemplo e de orgulho para todos aqueles que, como eu, puderam tomar conhecimento da sua
      epopéia e digo sinceramente que gostaria de ver a sua história de vida transformada em filme ou ate mesmo em novela.
      Nos iria inspirar e ensinar o valor de perseguirmos uma idéia mesmo que essa idéia esteja acima do que foi estabelecido pelo Status-Quo
      acadêmico-cientifico.

      O título do filme bem que poderia ser : Nematóides sobem em arvores.

      São mensagens como a sua que também me enchem de alegria e de coragem para continuar.
      Eu que vou ser sexagenário no final desse ano preciso de exemplos como os da sua mãe para ter energia e motivação
      e de incentivos como o seu.

      Domo Arigatô Gozaimachita

      Atenciosamente

      José Luiz M Garcia

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  2. Caro Dr. Vinagre,
    A “errata” propriamente dita, do meu segundo comentário, se referia ao meu próprio comentário equivocado, o primeiro.
    Mas admito ter sido arrogante e pretensiosa ao procurar “corrigi-lo” no primeiro comentário e peço desculpas por isso. Talvez a palavra mais adequada seja “atualizar”, considerando que, na data da publicação do referido livro, Fumiko Nishio já tinha 80 anos.
    Gostaria que o Sr. soubesse que ela, ainda hoje, aos 84, continua com o mesmo viço e entusiasmo pela pesquisa em prol da melhoria do cultivo do caqui e tudo indica que em breve começará a escrever seu terceiro livro.
    E reitero que meu principal objetivo de ter comentado seu artigo é externar a surpresa e gratidão por ver tamanho reconhecimento e consideração pelo trabalho de Fumiko, além de admirar o artigo como um todo.
    Respeitosamente,
    Sunao Nishio

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  3. Meus parabéns ao Dr. Vinagre, à fantástica Sra. Fumiko Nishio e a sua filha, minha querida amiga Sunao Nishio. Tenho esperança de ver a vida de dona Fumiko virar um filme e ensinar e motivar tantas gerações carentes de exemplos como o dela. À dona Fumiko toda minha admiração e meu carinho.
    PS: Não deixe de saborear seus caquis, são o fruto digno de seu trabalho. Enormes e doces como mel.

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  4. É enorme a satisfação de ver propagada a epopéia desta pessoa tão especial, que é a dona Fumiko. Nada mais justo do que espalhar, aos quatro ventos, esse exemplo de vida. E sua filha, uma querida, faz jus à mãe que tem. Obrigada, Dr. Vinagre!!!

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    1. Ainda não desisti da idéia de fazer dessa epopéia muito mais do que um simples artigo.
      Pretendo conhece-la pessoalmente e depois vamos ver o que virá à tona.
      Pelo menos mais outro artigo, dessa vez em inglês, onde existem mais pessoas interessadas nesse tipo
      de assunto.

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  5. Prezado Dr Vinagre

    Agora entendi o porquê de seu apelido!
    Concordo que não podemos permitir a ditadura científica, como qualquer outra ditadura!
    A tendência é tomada de decisão participativa, com governo, sociedade civil, incluindo a academia, e o setor produtivo tomando decisões em conjunto com base em consenso!
    É difícil…
    Mas precisamos exercitar, pois é a base do fortalecimento da democracia.
    Parabéns pelo artigo!

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