Se as Rochas Falassem

17 comentários sobre “Se as Rochas Falassem”

    1. Obrigado.
      Quem parece não ter gostado muito foi o pessoal da Embrapa.
      Não deveriam, pois recebem o seu salário pagos com o nosso imposto e
      portanto não estão acima do bem e do mal.
      Devem satisfação aos contribuintes.

      Jose Luiz

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  1. Mais uma vez quero agradecer ao Srº Drº José Luiz, por este tema tão importante e essencial para que se de ao solo tudo aquilo que ele merece.

    Venho sempre compartilhando as Vossas explanações técnicas ligadas a agricultura. Tem se mostrado muito preciosas, e mais ainda quando se aplicam na prática. Tenho conhecidos doutorados em Fitopatologia de plantas, e eles me acompanham aqui no sítio, bem de perto no manejo nutricional e biológico, eles dizem que tem que voltar pra faculdade de novo! Rsrsrs

    Tenho desenvolvido pequenos trabalhos no cultivo de alimentos, e estes e outros conhecimentos que o Srº vem compartilhando, tem sido realmente muito precioso.

    Gostaria de saber um pouco ou bastante mais sobre este tema : “” Pós de Rocha funcionam sempre melhor se essa microbiologia de solo for incentivada pela adição de fontes de matéria orgânica, compostos ou pela inclusão de preparados microbiológicos como Compost Tea, E.M., Bacsol, PSB, etc… pois são eles quem irão solubiliza-las mais do que qualquer outro fator climático e ambiental. “”

    Se possível, me dê algumas dicas sobre este precioso assunto.

    Muito agradecido por Vossa preciosa atenção Drº José Luiz.

    Marcos Soares

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    1. Caro Marcos,

      Na verdade esse artigo foi uma singela homenagem ao Grupo de Agricultores de Mineiros, Goiás
      liderados pelo colega Rogério Vian e que tem sido bastante ajudado na escolha dos seus pós de rocha pelo
      Dr Éder de Souza Martins da Embrapa Cerrados, verdade seja dita. O Dr Éder Martins é um Geólogo de formação,
      mas que junto a vários outros seus colegas estão entre os primeiros brasileiros a criticar, assim como eu, a falta de
      soberania do nosso pais por importar cerca de 70% dos fertilizantes utilizados na agricultura brasileira
      e tentar buscar fontes alternativas de insumos para nos livrar dessa dependência.
      Só esse reconhecimento por parte do Status Quo científico, para mim. já é motivo de júbilo e alegria.
      E quero aqui, de público, reconhecer o importante trabalho desse grupo. Existem arestas é claro, mas o mais
      importante é que estamos trabalhando na mesma direção.
      Dito isso, posso agora, então, responder a sua pergunta.

      Esse grupo de Mineiros, GO, foi um dos primeiros a perceber na prática, o seguinte :
      1. Os pós de rocha devem ser usados em quantidades ponderáveis. Alguns tem usado até 7 tons/ha.
      2. O pó de rocha, assim como o Fosfato Natural e até mesmo o calcário, deve ter uma granulometria
      fina para acelerar o processo de solubilização dessas rochas, também chamado de intemperismo.
      3. Essa intemperização, dissolução, era mais rápida e eficiente quando se usava algum tipo de produtos
      que continha microrganismos vivos. O que ficou bastante conhecido e foi bastante usado por eles
      é o chamado BACSOL de uma empresa de São Paulo que usa uma tecnologia tipo caixa preta japonesa.
      Afirma que contém 250 microrganismos mas não cita nomes, porém já foi suficientemente testado na prática
      para que eu possa recomendá-lo. Outro é um outro concorrente deles ENZIMAC que produz o PSB
      ( de Phosphorus Solubilizing Bacteria) . E.M. vem de Efficient MIcroorganisms da Mokiti Okada e Korin.
      E assim por diante, o solo tem que conter microrganismos para solubilizar os pós de rocha.
      Compost Tea foi um conceito que eu introduzi em 1998 e consiste em fazer-se um extrato de composto
      de qualidade ou de humus de minhoca agregado de alguns nutrientes como acidos humicos, kelp, melaço,
      etc…
      4. De nada adianta estimular a microbiologia do solo e depois “dar um tiro no pé” usando Glifosato que comprovadamente
      mata diversos microrganismos benéficos como Trichoderma, Pseudomonas fluorescens, etc…
      ou usar KCl que agrega níveis de cloro superiores aos usados em piscinas.

      Portanto, esse mérito é todo deles e não meu. No próximo dias 20 a 22 de AGÔSTO de 2018 em Goiânia vão sediar o
      II Fórum de Agricultura Sustentável – Um Novo Caminho que está sendo organizado pela Aprosoja de Goiás. Se puder
      comparecer eu vou estar falando sobre a Saúde do Solo – Um Novo conceito de Fertilidade agrícola Sustentável.

      Abraços

      José Luiz

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  2. Muito bom eu já estudo rochas em Mato Grosso a 10 anos, sou agricultor é pesquisador e conheço os benefícios do pó de rocha, estamos juntos.

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    1. Obrigado.

      Eu creio que esse artigo deixou claro que o principal motivo pelo qual os Pós de Rocha funcionam é
      principalmente por causa do Silício e não pela riqueza de outros minerais, os quais também podem
      contribuir mas nunca em função e na quantidade do silício presente.

      Abs

      Jose Luiz

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  3. Boa noite, José Luiz, cheguei aqui justamente por ter recebido e achado muito interessante o programa do Fórum de Agricultura Sustentável, a qual me identifico com as linhas de pensamento.
    Gostei muito do seu artigo e confesso saber muito pouco sobre o uso dos pós de rocha.
    Estou lendo o livro “Um testamento agrícola” de Sir Albert Horward que trata de como a agricultura da Índia e do Oriente mantiveram a sua fertilidade do solo através dos séculos utilizando a matéria orgânica (húmus) contrastando com o uso incipiente dos adubos solúveis, publicado em 1943, onde descreve técnicas de compostagem que revolucionaram os cultivos de chá, café, algodão, milho, arroz e cana de açúcar na época. Ele também faz contraponto as “leis” de Liebig.
    Pergunto, como podemos avaliar os teores de silício em nossos solos, pois nunca vi qualquer citação em analises de solos?
    Estou em Bagé/RS, sou agrônomo formado pela “revolução verde” e estou vendo a rápida degradação dos nossos solos em função dos tais “pacotes tecnológicos” impostos por meia duzia de mega empresas que tem os agricultores como seus empregados bossalizados.
    Obrigado e um abraço.
    Athos Minotto Brendler

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    1. Bom Dia Athos,

      É sempre um prazer angariar leitores e amigos como você.
      Essa nossa nova revolução vai ser assim mesmo. Um agricultor de cada vez.
      É uma revolução baseada em idéias e conceitos novos que levam algum tempo para serem
      reconhecidos e absorvidos.

      A leitura desse livro do “Sir” Albert Howard é obrigatória para quem quer se inteirar melhor sobre
      essa questão da importância do Composto, etc… se bem que hoje em dia damos preferência
      a forma mais democrática de se espalhar essa microbiologia em grandes áreas que é por meio
      do Compost Tea.

      No Brasil, o teor de silício disponível na solução do solo pode ser avaliado pelo Prof Gaspar
      Korndorfer, da Universidade Federal de Uberlândia.
      Gaspar Henrique Korndorfer ghk@triang.com.br

      Essa Universidade dispõe de um laboratório que supostamente executa esse tipo de analise.

      Eu tentei entrar em contato com eles mas não tive muito sucesso. O padrão é tipo funcionalismo público.

      No Brasil, todo esse trabalho sobre o uso de Pós de Rocha na Agricultura tem sido levado adiante e
      estimulado, diga-se de passagem, não por agrônomos mas sim por geólogos.
      Nada contra os geólogos, é bom que isso fique bem claro. Ponto.
      O uso do Pó de Rochas como um Remineralizador de Solos é um trabalho louvável e eu credito a eles,
      geólogos, todo esses trabalho de prospecção e popularização do uso agrícola.

      O problema é que ao tentarem ajudar eles se travestem de agrônomos e é ai que coisa se complica.
      Pois foram justamente os agrônomos (de)formados pelos seus respectivos “professores” de solo que
      nos colocaram em toda essa bananosa da agricultura convencional suicida, cega e surda.

      Como se não bastassem agrônomos mal treinados e (de)formados, que ainda
      correm atrás de pH de solo para propor uma devida correção e outras sandices como tentar nutrir
      a planta com NPK somente, agora temos também travestis de agrônomos que, por trabalharem para
      órgãos oficiais, falam em nome desses e, ao assim fazer, emprestam uma maior credibilidade ao seus discursos
      muitas das vezes equivocados, como por exemplo insistir nessa besteira de substituição pura e
      simples de um determinado elemento de origem química pelo mesmo de origem geológica sem entrar no
      mérito da questão de, se determinado elemento, está sendo usado de forma correta ou de forma excessiva.

      Fora isso, serviram também como “padres” ao oficializarem um casamento de mais de duas décadas entre
      os produtores mais progressistas e os pós de rocha. Antes tarde do que nunca.

      No mais, esses mesmos geólogos tem feito um trabalho que será, algum dia, reconhecido pela sociedade
      brasileira pelo tanto que ele representa em termos importância e contribuição para a nutrição do nosso povo.

      Sds

      José Luiz M Garcia

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  4. Considerando que nas nossas aguas de pocos artesianos contem cloreto, qual seria o resultado nao toxico para os microorganismo. Aqui tenho pocos com 3-6 meq/l. ou as vezes mais.

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  5. Dia 2/08/2018 estarao aqui em janauba para tocarmos experiencia e conhecer o processo, com Dr. Eder, e o Rogerio, aqui temos o maior projeto de irrigação da america latina , e temos uns 20000ha de bananas, das quias uns 5000 sao irrigadas com agua de poco, eu ja mudei, minhas adubacoes, ja usei 5t de po de rocha, em 2017, e por sinal, aparentemente ja melhorou, e sou adepto Steiner, agricultura biodinamica.

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  6. Boa tarde, muito obrigado pelas informações compartilhadas!
    Uso pó de rocha no sítio aonde trabalho, e tenho gostado bastante do resultado, o que tenho usado é um diabasio, finamente moido, ele contem uma quantidade razoável de Sódio, e
    em alguns casos as plantas podem usar o Sódio no lugar do Potássio, certo? Até que ponto isso é verdade e saudável pro solo e para a planta?
    Muito obrigado
    Um abraço
    Fábio Ribeiro

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    1. Boa Noite.

      É verdade.
      Se tivermos essa “subversão” no solo, isto é mais Sódio do que Potássio , teremos problemas.
      O Sódio precisa estar abaixo de 1,5% da saturação de bases e sempre com valores inferiores, na
      saturação de bases , aos do Potássio que deve sempre se situar entre 3 e 5% ou até mais para culturas
      perenes.
      Por isso, eu analiso sempre o Sódio. A grande vantagem é que ele é a base que se liga mais fracamente
      as argilas do solo e se quisermos abaixa-lo é só entrar com Cálcio que ele “vaza” das argilas do solo na mesma hora.

      Esse seria o remédio para os solos nordestinos mas eles raciocinam em termos de pH e por isso estão
      no século passado em termos de fertilidade do solo.

      Um pouco de Sódio, até 1,5% da saturação de bases, é benéfico. Ele “agrada” as bactérias que tem uma memória
      ancestral da sua vida no mar.

      Attn

      José Luiz

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  7. Bom dia!

    Muito obrigado pelas respostas..
    Entendi que o Si é o principal nutriente das rochas, mas uma dúvida que fiquei com relação ao pó de rocha é em relação ao alumínio, tenho aqui um pó de rocha com cerca de 7% de Al, pelo que andei lendo, o Si ocupa os sitios de adsorção do alumínio pelas raízes e dessa forma impede a toxidez causada pelo Al nas plantas, isso procede?
    E algo que tem tirado meu sono também é a questão do Cálcio: a rocha que tenho aqui tem cerca de 4,50% de CaO, isso deve ser considerado no cálculo da calagem? Pois pela dose que estou usando aqui e pelo solo que tenho, esse Calcio da rocha já seria mais que suficiente pra neutralizar o Al já presente no solo.
    Essa rocha também tem 0,04% de S, o que acaba dando uma quantidade boa de Enxofre no fim das contas, pois uso algumas toneladas de rocha por hectare, devo considerar esse S da rocha na adubação?
    Só pra deixar claro: é um pó bem fino, 100mesh, e uso culturas de cobertura e adição de microorganismos.

    Muitíssimo obrigado
    Fábio Ribeiro.

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