A academia, que cultiva, propositadamente, uma aura de infalibilidade, de superioridade, de elitismo e de estar sempre correta de um jeito ou de outro (vide Ditadura Científica) tem nos brindado nas ultimas décadas com diversas pérolas.
O mal, injustamente atribuido as gorduras saturadas animais, que só serviu para aumentar as vendas de produtos tão exóticos quanto maléficos como as famigeradas margarinas repletas de gorduras trans, por exemplo, foi uma dessa pérolas do chamado conhecimento “científico”. A fobia ao colesterol, que compõe cerca de 60% do nosso cérebro ( 25% de todo o colesterol do nosso corpo ), cuja carência poderá ser uma das prováveis razões do aumento de nascimentos de crianças portadoras de microcefalia, entre outros problemas, seria outra. Com isso uma importante fonte de nutrição, como os ovos, foram eliminados da nossa dieta simplesmente devido a esse medo injustificado do colesterol e da incompreenção do seu verdadeiro papel na fisiologia humana.
Dentre essas pérolas acadêmicas podemos identificar algumas fobias nutricionais geralmente associadas a algum mineral sobre o qual o status-quo acadêmico-científico desconhece as suas virtudes, a magnitude da sua importância e a sua verdadeira função demonstrando uma ignorância que, de tão grande, faltam-me adjetivos para que eu realmente possa qualificá-la adequadamente. O termo “cavalar” aqui não se aplica pois se eu assim o fizesse eu estaria ofendendo injustamente a toda essa nobre e valorosa raça, a dos equídeos.
O Dr. Guy E. Abraham, M.D., já falecido, ex-Professor de Obstetricia, Ginecologia e Endocrinologia da Escola de Medicina da UCLA foi quem primeiro observou um medo desnecessário e injustificado ao mineral Iodo que beira a fobia patológica, a qual ele batizou de Iodofobia. E, como ele mesmo salientou, essa fobia é, de fato, uma doença pois tem o poder de contaminar as outras pessoas. Dessa maneira médicos iodofóbicos contaminariam seus pacientes que, por sua vez, contaminariam seus familiares, amigos e colegas de trabalho e assim por diante, configurando-se, então, uma verdadeira epidemia.
Ele a definiu em 2004 como : “Iodofobia médica é o medo injustificado de se usar doses de iodo inorgânico, iodo/iodeto não radioativo, dentro da faixa colecionada por tres gerações de clínicos como sendo as mais seguras e eficazes para o tratamento de sintomas e sinais de deficiência de iodo/iodeto ( 12,5 a 50 mg/dia )” ( 1, 2,3,4,5 )
Isso ocorre por que os seres humanos são passíveis de serem “contaminados” pelos chamados “virus mentais” ou memes. O meme é, na verdade, um virus mental.
Dai a afirmação que frequentemente vemos de que essa ou aquela noticia, foto ou vídeo tenha “viralizado” na internet. Vocês devem se lembrar que a esquerda vendeu durante anos a idéia de que o ex-presidente e atual presidiário, conhecido como Lula ou simplesmente “molusco”, era um “estadista “ ( sic ) e todos compraram essa idéia incluindo a extrema-imprensa e as universidades.
Curiosamente a carência de Iodo poderá provocar em níveis maiores a doença conhecida como Bócio ( ou Papeira) , mas em niveis subclínicos irá ocasionar um outro distúrbio conhecido como Cretinismo que justamente parece ser o maior problema com relação as Universidades e a midia, bem como em grande parte da sociedade hoje em dia .
Ficaram todos contaminados. Foram viralizados. E pela falta de iodo nas suas dietas, ficaram cretinizados por assim dizer. A verdade é que, aquele “molusco” sempre foi e sempre será um réles indivíduo sem qualquer escrúpulo, corrupto duplamente condenado, alcoólatra contumaz, falso, desleal e cínico ao extremo.
Não foi por acaso que esse indivíduo foi agraciado com mais de 15 títulos de “Doutor” Honoris Causa não só por universidades brasileiras mas também por algumas portuguesas, argentinas e até espanholas. Essas titulações descabidas apenas refletem o perfil politico ideológico dessas instituições de ensino. Então, pergunto eu, que tipo de respeito merecem essas instituições que titulam com a sua maior honraria um ser tão desprezível e abjeto como esse indivíduo ? Simplesmente nenhum!!!!
Eu vejo essa característica humana, a de poder ser contaminado facilmente via cérebro ou mente, como mais uma fraqueza, dentre todas as demais que já possuimos. No reino animal, no qual não estamos incluídos talvez até mesmo por causa dessa mesma característica, esse tipo de situação não é visto e seria por isso mesmo que nesse e nos demais reinos as coisas funcionem sempre a contento desde que não sofram a interferência humana e principalmente acadêmica.
Com relação a agricultura, então, exemplos de “micos” da academia é o que não faltam. Para começar eles acreditam até hoje que ( pasmem ) as plantas somente são capazes de absorver ions para sua nutrição. Não reconhecem a Rizofagia, a Exocitose e desconhecem a nutrição foliar com amino acidos que já é usada comercialmente e estudada há décadas em outros paises e até mesmo no Brasil. Que moral, gabarito, ou competência teriam esses senhores tão míopes e tão incompetentes ? Infelizmente, a resposta é: Nenhuma !
Da mesma forma, o Sílicio foi desde a época de Justus von Liebig considerado “não essencial” que é a forma imbecil que a academia dispõe para rotular os minerais que participam da nutrição das plantas. Para aqueles senhores todos os minerais são divididos entre “essenciais” e “não essenciais”. Também dividem os minerais entre macronutrientes, nutrientes intermediários e micronutrientes não importanto por exemplo que o Silício seja utilizado pelas plantas em níveis equivalentes ao Cálcio, ao Magnésio e ao Potássio ( 6 ).
Eles são tão miopes que não conseguem enxergar as outras funções que um mesmo mineral poderá ter no solo, como no caso do Silício, que além de ser essencial, porque tem a capacidade de influenciar positivamente o crescimento de várias plantas e de torná-las mais eretas e eficientes e com isso captar melhor a energia solar, também tem uma grande influência na esfera nutricional porque influencia a absorção e a translocação de vários macros e micro elementos ( 6 ) . Além disso, o Silício alivia e as vezes até elimina o efeito adverso do excesso de Fósforo, metais pesados e salinidade ( 6 ). Ou seja, a chamada essencialidade, por sí só, realmente não quer dizer nada.
E o que dizer dos níveis de Silício que são utilizados pelas plantas ? Segundo Epstein, o Silício é tão utilizado pelas plantas como o Cálcio, o Magnésio e o Fósforo.
Portanto, aquela divisão totalmente arbitrária de Macronutrientes, Nutrientes intermediários e Micro nutrientes já passou da hora de ser totalmente eliminada do dia-a-dia dos agricultores conscientes, por que esse tipo de arbitrariedade somente beneficia a industria dos Fertilizantes químicos sintéticos e a ninguém mais.
Essa divisão arbitrária e ditatorial é mais uma pérola ou “mico” que pode ser atribuida a academia conivente com as indústrias de fertilizantes que enfatizam essa divisão exatamente para que possam vender o trio famigerado que é o grande responsável por toda essa falta de sustentabilidade da agricultura atual além da contaminação de lençois freáticos, lagos, rios e até mesmo de algumas partes dos oceanos, ou seja, o N-P-K.
Devido a tudo que foi acima exposto com relação ao Silicio é que eu, inspirado no Dr. Guy Abraham, M.D., proponho o têrmo SILICIOFOBIA para descrever todos esses absurdos acima apontados.
Apesar de Pós de Rocha terem sido usados desde a época de Gaius Plinius Secundus, conhecido como Plinio, o velho, famoso naturalista e escritor romano que viveu de 23 a 79 D.C., e apesar dos primeiros estudos sobre o uso de pós de rocha datarem de 1887 antes mesmo do conhecido livro de Julius Hensel , “Pães originados da Pedra” ter ser publicado em 1894, e as rochas serem conhecidas como uma fonte preferencial de Silício, até hoje a academia , com raríssimas e relevantes exceções, ignora o seu uso bem como ignora o Silício como um dos principais nutrientes para as plantas.
Da mesma forma existe um tremendo mal entendimento do papel do Cálcio na fisiologia vegetal e na nutrição das plantas, além do seu papel na estruturação das argilas do solo e na nutrição dos microrganismos que, direta e indiretamente também vão influir no desenvolvimento vegetal ( 8 ).
Até hoje, usa-se o cálcio somente para “corrigir o pH”, que de todos os micos acadêmicos, esse talvez seja o maior. Não existe imbecilidade maior do que usar-se o Cálcio para somente corrigir o pH e achar que seria devido a isso que os demais nutrientes sejam “melhor absorvidos”. Albrecht teve a oportunidade de demonstrar cientificamente que é o nível de Cálcio, e não o pH, que favorece o crescimento vegetal ( 8 ).
É mais do que injustificada essa cegueira por parte da academia com relação ao Silício e ao Cálcio embora existam centenas de publicações científicas para comprovar e corroborar o que foi dito acima.
Tenho certeza que o uso generalizado dos Pós de Rocha, fontes excelentes de Silício, já demonstram o quão enganados estão esses senhores que se acham os donos da verdade mas que na verdade não passam de simples bajuladores de politicos corruptos da pior espécie e massa de manobra da industrias de fertilizantes e de agrotóxicos.
Por outro lado, tenho visto com muito bons olhos e satisfação o aumento crescente de profissionais responsáveis que corrigem o solo não mais objetivando aquele parâmetro acadêmico idiota, o pH, que pode variar em função da umidade do solo, temperatura, época do ano além de vários outros fatores, mas sim com a correção das bases, ou seja, Cálcio, Magnésio e Potássio, para coloca-las nos seus respectivos lugares e com isso, e aí sim, propiciar uma melhor absorção de todos os demais nutrientes do solo.
Gostaria de deixar claro que nós, como agricultores que almejamos a independência no futuro, não devemos nunca depositar a nossa confiança e a nossa esperança em instituições que não dispõe nem de critérios para a outorgar seus títulos e comendas. “Daquele mato não deverá sair nenhum coelho”.
Declaração de Ausência de Conflito de Interesses
O autor do presente artigo declara que não trabalha nem direta e nem indiretamente para qualquer empresa, partido politico ou grupo interessados em acabar com as instituições acadêmicas brasileiras carcomidas pela corrupção e pela ideologia socialista.
O presente autor declara, ainda, que toda a regra tem exceção e que não são todos os acadêmicos que se enquadram nos exemplos e adjetivos citados no presente artigo. Existem poucas, mas relevantes, exceções a regra.
José Luiz Moreira Garcia
Instituto de Agricultura Biológica
Abril de 2019.
Referências
- Derry, David, M.D. ( 2001) Breast Cancer and Iodine, Trafford Publishing, Victoria, B.C., Canada, 109 pgs.
- Brownstein, David, M.D., PhD ( 2002 ) Overcoming Thyroid Disorders, Medical Alternative Press, West Bloomfield, MI, USA, 256 pgs.
- Brownstein, David, M.D., PhD ( 2004) IODINE- Why You Need It and Why You Can’t Live Without It, Medical Alternative Press, West Bloomfield, MI, USA, 136 pgs.
- Atabek, ME ( 2011 ) Medical Iodophobia is contagious, J. Pediatr Endocrinol Metab 2011: 24 (9-10) 861-862.
- Abrahan, Guy E, M.D. ( 2006 ) The History of Iodine in Medicine, Part III: Thyroid Fixation and Medical Iodophobia, The Original Internist, June 2006, pgs 71-78. https://www.optimox.com/iodine-study-16
- Epstein, Emanuel ( 1994) The Anomaly of Silicon in Plant Biology, Proc. Natl. Acad. Sci. USA, Vol 91, pp 11 – 17, January 1994.
- Albrecht, William A. & Charles Walters Ed ( 2011 ) Albrecht on Calcium, Volume 5, Acres USA, Austin, Texas, 291 pgs.
Parabéns Dr José Luiz, eu comungo do mesmo credo !
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É Drº José Luiz, até quando estaremos vendo tantas falcatruas de baixíssimo nível, em nome de economia e progresso, precisamos de uma revolução, ou seja, de uma grande limpeza nos parâmetros acadêmicos, extinguindo este maligno espírito ganancioso entre poder político e empresarial químico, com a conivência acadêmica.
Bem colocado todos os Vossos ponto de vista, realistas e esclarecedores.
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O establishment acadêmico brasileiro assim como o mundial, na sua grande maioria, na area de agricultura , é uma farsa grotesca.
Milhares de analfabetos funcionais se fazendo de intelectuais. Usando meias verdades, meia ciência. Pode ser triste mas é verdade.
Depois ficam se queixando de falta de recursos. Jogar recursos nas mãos de determinadas pessoas é como jogar dinheiro na lata do lixo.
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Boa tarde Dr. José Luiz, qual seria o percentual das bases ideal para pastagem?
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Boa Noite
A distribuição das bases , sempre lembrando que é feita levando-se em conta os números da analise de solos com extrator de acetato de amônia, da época do Dr Albrecht e que esses outros extratores usados atualmente não servem como parâmetro, não é feita considerando-se
o tipo de cultura.
Portanto, não existe realmente “o percentual das bases ideal para pastagens “. Simples assim.
Essa distribuição é feita levando-se em conta a CTC do solo ou como vocês dizem aqui no Brasil, se o solo é de textura leve ( arenoso), média ou de textura pesada ( argiloso).
Precisamos saber em que tipo de terreno essa pastagem está plantada. Se for terrenos arenosos com a CTC ao redor de 3 ou 4 ( 30 ou 40 pela unidade nova) então o sistema Albrecht cai totalmente por terra. Nesse caso exige-se uma maior porcentagem de Magnésio justamente
para manter o solo mais agregado . Admite-se , nesse caso, até 18 a 20% de Mg.
Se for de 6.0 a 8.0 seria uma outra percentagem e se a CTC for acima de 12,0 então o Mg teria que ficar mesmo ao redor de 12%.
Mas lembre-se que o solo não é um escritório de contabilidade. Isso tudo só funciona no papel. Sem a fração biológica nós voltamos no
tempo e isso não seria nada bom. Hoje em dia que já está plenamente estabelecido que temos que nos ater aos 5 princípios para a
manutenção da Saúde do Solo. O método Albrecht infelizmente não substitui esses princípios.
Attn
José Luiz
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