A questão do Cloreto de Potássio
“Aquele que tiver ouvidos para ouvir, que ouça “ Mateus 11:15
Algumas pessoas são mais difíceis de serem convencidas do que as outras mas devo admitir que os brasileiros conseguem superar os demais povos nesse particular.
O grande Professor e Filósofo Olavo de Carvalho que, com suas denúncias e colocações brilhantes sobre o espectro comunista, conhecido como Foro de São Paulo, que pairava sobre o nosso país, foi capaz, de forma quase isolada, de levantar toda uma nação, dizia que “a elite acadêmica desse país é um bando de vigaristas semi-analfabetos empenhados na pura defesa dos seus interesses corporativos” e eu creio que ele tinha toda a razão quando fez essa afirmação. Levou bastante tempo para que as pessoas chegassem a essa conclusão mas hoje sabemos ser verdade o que ele afirmava tempos atrás.
Mas e o que dizer dessa mesma academia quando ela, no caso, for uma academia agrícola ? Ai, então, estaremos diante do célebre caso do “caipira que virou Doutor”. Não obstante, os títulos obtidos nas nossas fracas instituições de ensino, a pessoa continuará a ser nada mais nada menos que um caipira com diploma de Doutor. O provincianismo cultural e mental o impede de enxergar um palmo adiante do nariz. Isso é o que acontece com a maioria dos acadêmicos agrícolas brasileiros, principalmente aqueles formados a um certo tempo atrás. São, na verdade, Doutores com mentes provincianas e, por isso mesmo, limitadas.
Se você lêr atentamente o livro do, hoje mais celebrado e atuante consultor em Agricultura Biológica dos EUA, Europa e Australia, Gary Zimmer ( 1, 2 ) verá o seguinte:
“Cloreto de Potássio ( 0-0-60 ) ou Muriato de Potássio – Cor Vermelha
60 % K2O com o resto ( mais ou menos 47% ) sendo Cloreto. São sais fortes, não recomendados para adubação inicial porque podem causar queimadura das raízes ou matar a vida do solo.
Não deverá ser usado em culturas sensíveis que incluem a Batata, Tomate, Fumo, Milho, Soja, Pepino, Pimentão, Blueberry, Morango e Abacate. O alto nível de Cloreto fornece mais Cloro do que a planta precisa. O excesso precisa percolar pelo perfil do solo e ir além da zona radicular, porém ao lixiviar ele pode levar junto o Cálcio com ele. Um acúmulo de Cloro no solo poderá ocorrer em solos pouco drenados e pesados. Já houve relatos de safras sendo reduzidas e stands fracos em soja devido ao uso exagerado do Cloreto de Potássio.
Não deverá ser usado em Agricultura Biológica mas, se de tudo, por questões de custo, ele não puder ser evitado, não ultrapassar o limite de 100 kg por hectare por ano e usá-lo com antecedência no outono”
Como vocês podem observar não precisa ser nenhum Einstein para se chegar a conclusão de que o KCl é, de fato, um fertilizante deletério para as plantas, para o solo ( por comprimir e, com isso, degenerar as argilas) e para a micro vida por atingir níveis que causam a morte dos seus habitantes principalmente as bactérias, já que os fungos demonstraram ser um pouco mais resistentes ao Cloro oriundo do Cloreto de K ( 4 ) .
É o mesmo o que diz o Dr. Arden Andersen, outro expoente dessa nova Agricultura no seu livro “Science in Agriculture “ ( 3 ). “Muriato de Potássio – Não tem acôrdo. Use Sulfato de Potássio, liquido ou blends solidos, Nitrato de Potássio, organicos e composto. Tenha Cálcio no sistema para liberar o potássio “fixado”, porém faça-o com o devido cuidado para evitar a sua liberação muito rápida. Não use fertilizantes que contenham cloretos”.
E mais adiante complementa: “ o Cloreto de Potássio é um dos produtos mais eficientes disponíveis no mercado para provocar o envelhecimento ( degeneração ) das argilas “ ( 3 ).
O Dr Andersen também nos apresenta a interessante figura abaixo que esclarece o que ele afirmou acima com relação a degeneração das argilas.
No entanto, ainda existem pessoas que não se convencem assim tão fácil.
Nessa semana me pediram para que eu “desse uma olhada” em diálogos e audios de um grupo de agricultura supostamente sustentável. Apesar de eu ter mencionado nos meus cursos e palestras os malefícios causados pelo Cloreto de Potássio e pela quase total impossibilidade de sermos sustentáveis com a utilização desse fertilizante em primeiro lugar e do herbicida Glifosato em segundo lugar, ainda ver agricultores que titubeiam e ainda dão ouvidos a pessoas sem nenhum compromisso com a verdade e muito menos com o meio ambiente, quando elas dizem exatamente o contrário, para mim é bastante doloroso e decepcionante.
Eu gostaria de realmente entender o que faz as pessoas se sentirem fascinadas quando aparece algum “cabeça-de-bagre” que se diz professor, enaltecendo o uso desse fertilizante, pela sua total incapacidade em tomarem decisões e por terem se transformado, então, não mais em agricultores pensantes mas sim em pescadores ou garimpeiros tentando “pescar” ou “peneirar” as diversas opiniões para depois escolher esse ou aquele caminho a seguir. Infelizmente, esse comportamento tolo, pueril, titubeante e oportunista não os irá levar a lugar algum.
Para mim, como educador, é extremamente frustrante, após ter apresentado dados de que o Cloreto de Potássio, de todos os fertilizantes, ser o de maior índice de salinidade, que varia de 116 a 140, dependendo do autor, e que, portanto, apesar de ser extremamente solúvel e se perder facilmente no perfil do solo (e o tal de professor Totó ainda defendia a idéia de (pasmem) “construir estoques de Potássio no solo “ com o seu uso ) ele também afeta pesadamente a micro vida do solo ( 5 ).
Pela forma do dito professor se referir a todo um complexo interdependente de microrganismos conhecida como Rede Alimentícia do Solo, revelou que ele não tem muita familiaridade com esse Universo, e muito me admirou ver que ainda existe gente com a necessária “cara-de-pau” para defender o uso dessa verdadeira bomba, fruto do péssimo nível de ensino da maioria das nossas faculdades de Agronomia.
É extremamente frustrante, depois de eu ter ensinado o que vem a ser o Equilíbrio de Bases e de como o Prof Albrecht chegou a conclusão em 1940 de que trabalhar-se com a Saturação de Bases ao redor de 5% para o Potássio, como fez o produtor de Guarapuava-PR, que bateu o record de produção de soja brasileiro pelos dados da CESB, para terrenos com a CTC ao redor ou acima de seis ( 6,0) , e de sabermos que o Cloro irá se juntar a Cálcio para formar cloreto de cálcio e com isso lixiviar o Cálcio para as camadas mais profundas do solo ( 7 ).
A propósito, esse produtor, o Marcos Seitz, de Guarapuava-PR, que colheu 149 sacas de soja/ha usou como fonte de Potássio o K-Mag e não o KCl.
Usando-se o KCl fica extremamente difícil manter-se o Cálcio em um nível adequado porque a tendência é lixiviar como CaCl2.
Desnecessário dizer que o preço de qualquer fertilizante será sempre uma questão de mercado e que o Sulfato de Potássio é, de fato, mais caro que o KCl a nível mundial e não somente no Brasil. Poderia ser mais barato aqui se fosse mais utilizado do que é atualmente justamente pelo desconhecimento da maioria dos agricultores brasileiros. Mas temos que levar em consideração, na escolha de um fertilizante, não só o seu preço mas sobretudo o seu aproveitamento pelas plantas. O que temos que avaliar em relação a qualquer fertilizante é o quanto daquele elemento as plantas foram capazes de absorver pelo seu dinheiro utilizado, ou em outras palavras, quanto custou cada unidade daquele determinado elemento absorvido pela planta e não somente a quantidade adicionada ao solo e muito menos a sua concentração de determinado elemento .
E é por essa razão que recomendamos o uso dos ácidos humicos para complexar o boro e mante-lo por mais tempo na zona radicular aumentando a sua eficiência assim como também a complexação da uréia com ácidos humicos para aumentar a sua utilização em mais de 60% e com isso reduzir tanto o impacto ambiental desse fertilizante nitrogenado, que inclui a redução do carbono do solo, além de reduzir o seu custo. Isso sim é ser sustentável.
Sob esse prisma, levando-se em conta a menor solubilidade do Sulfato de Potássio, além do seu conteúdo de Enxofre na forma de Sulfato, mesmo com o seu preço mais elevado ele talvez não seja um tão “mau negócio” assim. A sua menor solubilidade propicia sua melhor utilização pela planta. Ponto a ponto de potássio utilizado pela planta talvez seja mesmo mais negócio usar-mos o Sulfato de Potássio. Mesmo em menor quantidade que o Cloreto ele ainda poderá ser a solução.
Além do mais, inúmeros estudos demonstram que produtos fertilizados com Sulfato de Potássio exibem uma maior densidade específica e niveis de matéria seca mais elevadas em tubérculos. Ou seja, é preciso levar em consideração todos esses detalhes quando da escolha de um fertilizante.
Considero um tremendo retrocesso até mesmo a mera consideração em usar o KCl. Mesmo que, para isso, o tal professor tenha usando termos que causam impacto para aqueles interlocutores desavisados, mas que nada significam, para justificar a suposta inocuidade do KCl sobre a microvida do solo, como por exemplo o uso de estudos de “algoritmos”.
Algoritmos de que ? Nesse aspecto dou mais uma vez razão ao Professor Olavo quando ele diz que a “academia usa palavras cada vez mais complicadas para justificar a sua própria ignorância”.
No Evangelho, segundo São Mateus, encontramos a citação : “O leite de Deus é usado perversamente para preparar a cal” ( Irineu III 17,4 RV) denotando que os falsificadores da verdade se utilizam de diversos subterfúgios para passar a sua idéia como sendo verdadeira.
Quando voltei dos Estados Unidos na década de 80 e começei a visitar diversos pomares de frutas em São Paulo, recebi a minha primeira lição sobre o KCl de um produtor japonês de caquis Fuyu tipo exportação. Quando eu lhe perguntei porque não usava o KCl que era mais barato e tinha mais Potássio do que o Sulfato de Potássio, o que para mim, a época, parecia ser a melhor opção, ele me respondeu em um português carregado de um forte sotaque japonês : No, No, gosto ruim, né ?
Aprendam portanto essa lição: O Cloro empresta um sabor inferior aos produtos que são cultivados com ele.
Então, se você é produtor de café e quer ganhar notas de sabor que lhe garanta a venda do seu café por um preço melhor, pode dar adeus ao KCl. Vocês já pararam para se perguntar porque os cafés orgânicos repetidamente ganham todos os campeonatos de bebida de café ?
Primeiro é porque na agricultura orgânica o KCl é proibido. Segundo porque não usam fungicidas e herbicidas e assim a micro vida do solo fica protegida e pode dar as plantas aqueles nutrientes, principalmente os ácidos graxos produzidos pelos fungos que irão permitir que as plantas sintetizem aqueles Metabolitos Secundários Vegetais (PSM) que garantem não só a integridade física das plantas contra o ataque de fungos e insetos bem como aqueles componentes do aroma e do sabor que só podem ser sintetizados em solos ricos em fungos e bactérias, como a pesquisa pode observar. E nesse mister, o Enxofre também tem o seu lugar, coisa que o Cloreto jamais o terá.
Como já fazem 22 anos que eu também estudo Medicina e Nutrição de maneira informal (a internet hoje nos permite que isso seja possível) e que crio gado leiteiro e de corte, eu também sei que o uso de Cloreto de Potássio está ligado ao problema conhecido como ‘Tetania dos Pastos ‘ ( 3 ) . Abrindo um parentese sobre o uso do KCl, eu gostaria de acrescentar que ele é o sal que as pessoas usam como substituto do Sal de Cozinha ( NaCl), pelo simples fato de também ser ‘salgado’.
Pela sua solubilidade elevada ( devido ao seu alto Índice de Salinidade ) o KCl permite que muitas vezes vocês atinjam inadivertidamente o que chamamos de ‘consumo excessivo’ ou ‘luxury comsumption’ o que vai resultar em níveis de Potássio elevado nos alimentos e nas forragens. Tanto nos alimentos, nas forragens assim como no solo, Potássio em excesso sobrepuja o Cálcio assim como o Magnésio, provocando a deficiência desses dois cátions.
Em gado de leite, cálcio e magnésio baixos e potássio elevado poderão originar problemas de saúde sérios conhecidos como ‘Tetania dos Pastos’ (Hipomagnesemia) ou ‘Febre do Leite’ ( Hipocalcemia ). Mais uma vez fica demonstrado que o equilíbrio entre os diversos minerais é muito importante na Agricultura Biológica.
E para encerrar definitivamente essa questão gostaria de citar o trabalho lapidar sobre como o KCl destroi não só o solo como um todo e que traz na sua bibliografia citada nada menos que 280 referências, o qual eu recomendo a leitura, até mesmo para os caipiras de Piracicaba, que é o Paradoxo do Potássio ( The Potassium Paradox ) citado nas referências abaixo. Gostaria de transcrever algumas citações desse trabalho fundamental feito pela Universidade de Illinois at Urbana-Champaign (não em Piracicaba):
“ Desde o início da agricultura industrializada, há mais de meio século atrás, a visão de que o uso de fertilizantes potássicos são indispensáveis para maximizar a produção e a qualidade das lavouras e para a manutenção a produtividade do solo de longo prazo, nos foi inculcada. Essa visão não pode mais ser reconciliada com o considerável volume de evidências científicas apresentadas aqui, que englobam analises de solo para K disponível as plantas e as consequências da fertilização com KCl para a produtividade agrícola, segurança alimentar e degradação do solo” e finaliza com “ Para que sejam evitadas as consequências adversas do ion Cloreto ( Cl-) , K2SO4 deverá ser preferido como a fonte de fertilizante” ( 5 ). Ponto.
Sinto muito, Totó, tente outra vez.
“Não vim para fazer acordos ! Vim para conduzir discussões “ ( Lc 12,51 / Mt 10,34 RV )Evangelho Novo segundo São Matheus.
José Luiz M Garcia
Instituto de Agricultura Biológica
Abril de 2019
Referências
- Zimmer, Gary F. ( 2000 ) The Biological Farmer – A Complete Guide to the Sustainable & Profitable Biological System of Farming, Acres USA, Austin , Texas, USA, 352 pgs.
- Zimmer, G.f & Leilani Zimmer-Durand ( 2017) The Biological Farmer – Revised and Expanded, A complete Guide to the Sustainable & Profitable Biological System of Farming, 2nd Edition, Acres USA, Austin, Texas, USA, 518 pgs.
- Andersen, Arden ( 2000 ) Science in Agriculture – Advanced Methods for Sustainable Farming, Acres USA, Austin, Texas, USA, 376 pgs.
- Rath, K.M., et all ( 2016) Comparative toxicity of Salts to Microbial Processes in the Soil, Appl. EnvironmentalMicrobiology, doi: 10.1128/AEM.04052-15
- Khan, S.A., et all( 2013) The Potassium Paradox: Implications for Soil Fertility, Crop Production and Human Health, Renewable Agriculture and Food Systems, 29 ( 1 ): 3-27, doi: 10.1017/S17422170513000318
- Wheeler, P.A & Ronald B. Ward ( 1998 ) The Non-Toxic Farming Handbook, Acres USA, Metairie, Louisiana, USA, 238 pgs.
- CESB ( 2018) Desafio Nacional de Máxima Produtividade 2016/2017, Campeão Brasil (Sul), Produtor : Marcos Seitz, Consultor: Alexandre Seitz, Agropecuária Seitz, Guarapuava -PR, http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2017/16/Campeao-Sul-2017-Final.pdf
Instituto de Agricultura Biologica 
100 vezes parabéns,,,
Até hoje é o melhor trabalho q já vi sobre fertilizantes e nutrição….
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A gente faz o possível.
Obrigado
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Parabéns belo artigo!! A tempos venho batendo nessa tecla mas infelizmente o mercado destrói a cabeça de muitos técnicos e produtores.
Por mais artigos como este!!
Forte abraço
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Muito esclarecedor.
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Fico grato que vc tenha achado esclarecedor porque alguns outros colegas dessas famigeradas “listas de WhatsApp” que pululam aqui no Brasil não conseguiram entender, o que reforça ainda mais a minha opinião de que o “Olavo tinha Razão “, porque ele é uma das pessoas que gostam de citar a pesquisa que demonstrou que metade dos alunos formados nas faculdades brasileiras são analfabetos funcionais.
E foi exatamente isso o que demonstrou um colega paranaense que leu esse artigo e não entendeu que eu me referia somente ao Potássio quando falei em 5% da saturação de bases. Ele nem se deu ao trabalho de ler o artigo original publicado pela CESB sobre o campeão de produtividade de soja do ano de 2016/2017, o Sr. Marcos Seitz em Paranavaí, PR.
Existem jumentinhos com diploma de agrônomo nesse pais.
Esse é o caso desse tal de Fernando do Paraná, código de area 43, que não consegue distinguir entre Saturação de Bases Totais em 80% , sendo 15% de Mg e 5% de Potássio e uma suposta saturação de 5% que saiu da cabecinha dele.
Essa pessoa é um típico analfabeto funcional.
Se puderem acessar o site da CESB e ver esse trabalho do Marcos Seitz ano de 2016/2017 e verem inclusive que ele usou não Cloreto mas sim K-Mag seria muito interessante.
http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2017/06/Campeao-Sul-2017-Final.pff
Abraços
José Luiz
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O texto foi tão polêmico que mesmo eu concordando em parte vou levar um tempo pra digerir, mas gostei. É muito chocante, ninguém nunca me falou isso antes, mas faz sentido.
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Aproveito para recomendar a leitura desse trabalho da CESB
Clique para acessar o Campeao-Sul-2017-Final.pdf
Nele voce vai perceber os seguintes aspectos:
1. O produtor campeão não usa KCl e sim K-Mag. Fim de papo pro KCl.
2. Faz “Aração Vertical” que alguns ainda insistem em chamar de “escarificação”e outros de “sub-solagem”.
Plantio direto é apenas uma forma de plantio. Nada mais. Não é uma forma de se fazer agricultura.
Nenhum produtor nos EUA é ainda 100% “no till “. O plantio direto não aumenta o teor de Matéria Orgânica do solo
e quando o faz, não aumenta o teor de Humus.
Todos eles, de uma forma ou de outra, interferem no solo para descompactar, arejar e facilitar a infiltração de agua.
3. Mantém a Saturação de Bases em 80%., que durante décadas a inteligentzia brasileira agroecológica, geralmente do
Sul do país, dizia ser um absurdo. Mantém saturação de Mg em 15% e a saturação de K em 5%. Obviamente, por meios
indiretos, se conclui que a saturação de Cálcio deve estar acima de 55%.
Ou seja, eles conseguiram provar que o Dr Albrecht estava certo depois de quase 80 anos. Nada mau para uma espécie que
se diz “sapiens”.
Abs
José Luiz M Garcia
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Errata: Onde se lê : Paranavaí
Leia-se : Guarapuava
Onde se lê: jumentinhos com diploma de Agrônomo
Leia-se : jumentinhos com diploma de Geólogo
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Errata:
Onde se lê : Paranavaí
Leia-se : Guarapuava
Onde se lê: jumentinhos com diploma de Agrônomo
Leia-se : jumentinhos com diploma de Geólogo
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Apesar de não ter formação na área, leio seus artigos com interesse e eles fazem sentido para mim.
Produzimos morangos em substrato, sem agrotóxicos e com adubação convencional no litoral norte de SC. Como vendemos direto para o consumidor final, buscamos um Brix elevado. Procuramos reduzir o teor de N, optamos pelos sulfatos, eliminamos os cloretos, aplicamos dióxido de silício ou silicato de potássio e usamos ácidos húmicos. Além de Trichoderma, Bacillus subtilis, Bacillus amyloliquefaciens, etc.
Me pergunto de que forma poderia aplicar o conhecimento que você transmite nesse tipo de produção soilless.
Qual seria, por exemplo, a melhor forma de fornecer Ca?
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Boa Tarde
Teria que fazer uma analise de solos desse seu substrato. Não muda em nada o conceito.
O substrato de ter a mesma proporção de bases que tem no solo, ou seja, 55% de Cálcio, 15% de Magnésio e 5% de Potássio.
Deve ter um bom nível de Fósforo e níveis adequados de Enxofre e micro nutrientes.
Mande uma amostra do seu substrato para ser analisado no IBRA em Sumaré, SP.
Peça: Macros + Micros + Sódio + Enxofre
Depois me mande os resultados que eu te falo o que precisa ser ajustado.
Também posso sugerir mudanças nos ingredientes do seu substrato.
Abs
Jose Luiz
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Boa tarde Sr. Jose Luiz.
Agradeço sua atenção e disposição em ajudar.
Para que possamos fornecer os nutrientes através da fertirrigação com certa frequência, considerando que temos muitos dias úmidos e nublados, elaboramos nosso próprio substrato com uma mistura de 50% de casca de arroz torrefada e 50% de um substrato comercial (turfa de Sphagno, vermiculita expandida, calcário dolomítico, gesso agrícola, fertilizante NPK e micronutrientes.
O substrato do cultivo atual tem 11 meses de uso. Seria interessante enviar duas amostras, uma do usado e outra do novo?
Obrigada
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Boa Noite
Seria sim. Envie uma amostra de cada um dos substratos.
Também, embora esse valores irão aparecer na analise, quando vc fala em fertilizante NPK e micronutrientes eu precisaria saber
quais tipos e quanto é usado ( por exemplo: se foi sulfato ou óxido de manganês ? ).
Eu esqueci de dizer que também seria importante pedir para analisar Cobalto e Molibdênio somente dessa vez.
O NPK, quais as fontes de cada um deles se possível.
O seu morango é branco no interior e tem brix baixo ? Apresenta “coração ôco”?
Outra Pergunta : Com esses substratos vc tem tido problemas de doença de solo ou até mesmo de planta ?
Usa somente ferti-irrigação ou pulveriza também?
Attn
José Luiz
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Olá, bom dia.
Solicitei as fontes com a empresa que produz o substrato.
Em geral nossos morangos são densos, vermelhos e doces, mas essas características variam com o clima e dependem da cultivar.
Trabalhamos com uma EC mais alta para obter esses resultados e acredito que em consequência desse manejo temos plantas mais compactas, menos produtivas e mais atrativas para a maioria dos insetos.
Por outro lado a incidência de doenças não é alta, o mais comum é antracnose nas beiradas atingidas pela chuva.
Além da ferti realizamos com frequência adubação foliar de CaB e aminoácidos (Aminon). Recentemente voltamos a usar fertilizantes foliares da LBE. O silício (SiK e SiO2) também aplicamos via foliar. Temos também Fosfito de Mg, mas não usamos com frequência.
Com relação à análise do substrato seria interessante incluir CTC, CRA e Corg? Das duas amostras?
Obrigada
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Bom Dia
Não sei se você concorda comigo, mas no Brasil, a maioria dos morangos são azedos ( dai a tradição de se comer morango com alguma coisa doce como creme de chantilly e açucar ), tem o interior branco ( o que também pode ser modificado via nutrição ) e apresentam o fenômeno do coração oco ( que esta ligado a falta de Cálcio e Boro ). Tudo isso pode ser melhorado via nutrição.
A EC eu também gostaria de ter uma idéia do que vc chama de “mais alta”. Vc mede a EC do substrato ou apenas da solução nutritiva.
A idéia é encher esse seu substrato de fungos e bactérias benéficas ao ponto de desencorajar o aparecimento de doenças tanto de solo como foliares. A Agricultura Biológica produz plantas exuberantes porém mais resistentes a fungos e insetos.
Como toda a energia da planta vem da Fotossíntese você ter uma folha com o dobro da espessura da folha comum e com a área ( superfície) foliar maior você consegue dobrar ou triplicar a produção. Faça uma pesquisa no Google sobre “Giant Vegetables” + ” John Evans” e veja o que vai encontrar. O John Evans , que eu conheço pessoalmente, tem 9 records de hortaliças gigantes registrados no “Guiness Book of Records”. Geralmente essas plantas cultivadas biologicamente atingem tamanho e doçura insuperáveis.
Vejo que vc faz bastante coisas certas como usar CaB, amino ácidos e silício mas que ainda podem ser melhoradas.
Estariam faltando ainda insumos chaves na sua produção.
Eu teria outras sugestões a lhe dar mas prefiro esperar as analises de solo ( do substrato) pra depois me manifestar.
Quando vc me encaminhar as analises nós nos falamos de novo e eu posso te propor uma consultoria á distância pois tenho várias dicas para melhorar a sua produção.
A CTC já é um parâmetro analisado normalmente pois iremos analisar o substrato como “solo”, correto ?
Creio que o Carbono Orgânico também. CRA não é parâmetro de analise de solo. É parâmetro de substrato. Eu dispenso essa informação.
Eu quero ver esse substrato sendo analisado como SOLO e não como substrato.
A solicitação ao IBRA deverá conter as seguintes informações:
1. Analise de SOLO
2. Profundidade – 0 a 20 cm
3. Parâmetros a serem analisados – Macros, Micros, Enxofre, Sódio e Fósforo Total . E, se não for muito caro, Cobalto e Molibdênio.
Fico no aguardo da sua informação.
Jose Luiz
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Boa tarde!
Sim, concordo plenamente. Uma das principais cultivares plantadas no Brasil produz frutos mais ácidos, brancos e opacos. O fato de colherem verde um fruto não-climatério também interfere bastante.
A aceitação dos nossos morangos é ótima e conseguimos um bom valor por eles, pena que não temos volume. Os clientes elogiam a durabilidade e também o sabor, mas quando iniciamos a produção tivemos que produzir muita geleia, pois não tínhamos coragem de vender um morango tão azedo.
Acho maravilhosa a ideia de encher nosso substrato de vida! Durante um tempo preparamos um “worm compost tea” e aplicamos via gotejo, mas de tanto ouvir que isso era inútil num slab e que o ideal é um substrato inerte, paramos.
Vou despachar as amostras daqui a pouco e solicitei a análise de cobalto e molibdênio também. O acréscimo será de apenas R$ 10,00 por elemento.
Enquanto aguardamos o resultado vou pesquisar mais sobre John Evans e seus vegetais gigantes.
Muito obrigada!
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Boa Tarde
Aqueles que dizem que introduzir vida no slab é perda de tempo , ou o fazem por pura ignorância ou até mesmo por mau caratismo.
Na verdade a Natureza não evoluiu para esse tipo de situação, isto é, substrato inerte e nutrição via solução nutritiva. Isso sim é que é perda de tempo, pois estaremos indo sempre contra a Natureza.
Worm Compost Tea desde que feito com a minha receita de transformar uma coisa que é predominantemente bacteriana em fúngica funciona
muito bem. Veja os vídeos do John Evans e depois me fale.
Substrato não custa barato. A propósito, o que vc faz com o substrato já usado ?
Attn
Jose Luiz
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Boa tarde
O IBRA recebeu as amostras, mas informou que como se trata de substrato não consegue analisar como solo.
Realmente o substrato que usamos não é barato.
Este ano vamos testar 2 novas cultivares e iremos usar o mesmo substrato. Vamos apenas lavar para baixar a EC, aplicar ácidos húmicos, Trichoderma e banhar as mudas em Bacillus subtilis.
O Sr. tem alguma sugestão para aproveitamento de substrato usado?
Obrigada
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Boa Tarde
É uma vergonha como os laboratórios tem pavor de perder o seu credenciamento e só fazem estritamente
aquilo que o MAPA determina.
Isso tem um nome : Ditadura. Auto censura.
Que crime existe em querer-se analisar um substrato como se fosse solo ?
Por que eu faço isso ? Porque quero aplicar o conceito de Albrecht ao seu substrato.
Vou ver quanto custa para analisar no Kinsey Labs e depois te passo o valor.
Quanto a pergunta que vc me fez ela trás implícita no seu bojo as seguintes suposições:
1. De que morango precisa necessariamente ser cultivado em substrato, coisa que eu discordo.
2. Que vc acredita que somente lavando vc consegue baixar a C.E., o que eu também não concordo.
3. Que aplicando ácidos humicos vc irá abaixar a C.E., o que também não é verdade.
4. Que banhar as mudas em Subtillis é bom para o morangueiro.
E depois vc me pergunta se “eu tenho alguma sugestão”? Assim fica dificil.
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Boa noite
Concordamos que o substrato não é barato e, pelo fato de ter perguntado o que fazemos com o substrato usado, pensei que o Sr. tinha alguma sugestão para que ele pudesse ser reaproveitado.
Porém me antecipei e descrevi o que pretendíamos fazer. Não tenho medo de errar, de ser corrigida e de mudar de opinião. Estamos iniciando no cultivo de morango e precisamos aprender muito.
1. Não vejo de que forma no meu questionamento de como reaproveitar o substrato está implícito o fato de que eu acredito que o morangueiro precisa, necessariamente, ser cultivado em substrato.
2. Sim, até hoje haviam me convencido de que era possível baixar a C.E. dessa forma. Se ela está errada ficarei grata com a possibilidade de aprender a maneira certa.
3. O objetivo de aplicar ácidos húmicos seria criar um ambiente mais propício para o estabelecimento da Trichoderma.
4. Pensei que se determinada linhagem de B. subtilis ou outro Bacillus tivesse ação sobre um patógeno, esse controle seria eficiente, independente da cultura.
Agradeço se o Sr. tiver paciência para me corrigir, e espero que os aborrecimentos causados pela minha falta de conhecimento e experiência, não sejam maiores do que sua vontade de transmitir conhecimentos que possibilitem o crescimento da prática de uma agricultura biológica.
Obrigada
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Saudações Frutícolas !
Vamos começar do principio.
Porque vcs cultivam o morango em slab e em substrato ? Deve haver algum motivo.
Sem saber esse motivo eu não posso seguir adiante.
Depois de responder a essa pergunta. Podemos então prosseguir na nossa conversa
morangueira, por assim dizer.
Vamos abordar ponto-por-ponto. Eu te prometo. Mas é preciso ter paciência.
“O progresso tem mais a ver com a direção do que com a velocidade”.
Não sei o nome do autor dessa frase mas eu gostei e memorizei.
Fico no aguardo da sua resposta.
Abs
José Luiz
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Olá Dr. Vinagre!
Optamos pelo cultivo suspenso por questões ergonômicas. Procuramos colher o morango bem maduro e, por esse motivo, na época de maior produção a colheita é diária.
Em determinadas épocas a retirada de folhas velhas e estolões também é frequente.
Não queremos produzir um alimento de qualidade para os outros a duras penas para nós.
Temos colegas produtores orgânicos que não conseguem mais trabalhar sem analgésicos e eu não quero isso. Somos apenas eu e meu marido no cultivo, mas certamente teríamos muita dificuldade em conseguir alguém para trabalhar se os canteiros fossem no chão.
O substrato e a estrutura onde as mudas serão cultivadas (vaso, calha, slab, etc.) podem variar.
Esperamos estar na direção certa para colher bons frutos. E que eles sejam vermelhos, doces, belos e nutritivos!
Obrigada
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Olá,
Então, a ergonomia é o principal motivo para se plantar morangos em cultivo suspenso.
Existe outros motivos como visualizar melhor as frutas a serem colhidas e aqueles que
voce mencionou como a remoção das folhas velhas e dos estolões, também.
Não existe nenhuma dúvida a esse respeito e esse motivo está fora de discussão.
Ergonomia em primeiro lugar.
O mesmo não ocorre com relação ao substrato. Com relação ao substrato podemos debater
muito e abertamente sobre a sua necessidade, composição, finalidade, tratamentos, etc…
Eu agora estou no Sul de Minas mas
quando voltar vou pressionar o IBRA ou qualquer outro laboratório para fazer uma analise
de substrato como se fosse solo e se não quiserem podemos a qualquer momento
enviar para o Kinsey Labs. Precisamos ter uma idéia do perfil da fertilidade mineral desse substrato.
O principal motivo para se usar substratos no cultivo do morango seria o controle das doenças do
morangueiro e principalmente as doenças de solo. Porém, hoje em dia esse problema já foi resolvido
pelas técnicas de Agricultura Biológica e, portanto, não mais se justifica gastar-se tanto com a compra
de substratos estéreis para depois inoculá-los com a microbiologia que julgamos correta todas as vezes
que formos iniciar uma nova lavoura.
Você conhece o sistema de plantio de morango conhecido por ASD ou Anaerobic Soil Disinfection
que se originou na California ?
Então, a minha proposta para a cultura do morangueiro seria mais ou menos nessa linha de trabalho
ou seja , pegar o substrato usado e submetê-lo a uma fermentação anaeróbica que “desinfetasse”
o mesmo com a antibiose ao invés de esterilizar o substrato.
Nada de NPK. Só substrato usado, solo, farelo de arroz ou trigo, carvão (caso já não tenha), e
talvez alguma fonte de esterco. Inocular com MEM ou EM, irrigar e deixar fermentar por 20 a 30 dias
sob condições anaeróbicas. Mas precisa ser totalmente anaeróbico. Essas condições garantem a
eliminação dos patógenos de solo.
Não há patógeno de solo que resista a esse tratamento. Esse sistema foi bastante estudado na Califórnia.
Por outro lado existem uma série de outros microrganismos de solo que poderiam ser agregados
a esse “substrato/solo artificial”, pelo menos três, que aumentariam ainda mais a supressividade
desse solo aos patógenos e o Azospirillum não seria um dele, embora esse organismo seja excelente
para ser introduzido no sistema posteriormente durante o cultivo dos morangos.
Ao misturar o substrato usado ao solo de barranco, carvão, farelo e algum tipo de esterco voce estaria
automaticamente diluindo o substrato e com isso abaixando a C.E.
Todo nutriente mineralizado ( que influi para aumentar a C.E. ) que estivesse sobrando também iria
“sair” do sistema ao ser integrado ao protoplasma microbiano deixando de ser um problema.
Essa seria basicamente a minha linha de trabalho com o morango.
Abs
Jose Luiz
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Olá!
Entraram em contato comigo, fizeram alguns questionamentos e o IBRA ficou de analisar as amostras como solo.
Além do controle de patógenos, indicaram o substrato por drenar com mais facilidade o excesso da solução nutritiva e da água, que nesse método não biológico de cultivo suspenso são fornecidos com frequência.
Não conhecia o ASD e precisaremos aprender como realizar essa fermentação anaeróbica no volume necessário.
Temos um abrigo ocioso que pretendemos implantar em maio do ano que vem. Imagino que até lá teremos tempo para aprender e também para preparar essa mistura aproveitando o substrato usado.
Mas, enquanto isso, gostaríamos de aplicar algumas técnicas da Agricultura Biológica na produção em curso. Afinal um ano é muita paciência.
Obrigada!
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Olá,
Recebi o resultado das análises de substrato e encaminhei para o e-mail do senhor.
Acredito que podemos conversar a respeito da proposta de consultoria por lá.
Muito obrigada!
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Até o momento não recebi a analise.
Attn
Jose Luiz
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Oi,
Se o Sr. preferir, me envie um e-mail (ialexius@yahoo.com.br) que em seguida respondo encaminhando o resultado das análises.
Obrigada!
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O uso do silicato de potássio e mais ou menos adequado que o sulfato de potássio
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Boa Noite Alfredo,
Não é o caso de ser mais ou menos “adequado”.
A primeira pergunta que devemos fazer seria : Adequado para o que ?
Se for para repor os níveis de Potássio no solo eu diria que ele poderá ajudar dependendo
do seu teor de potássio.
Se for para servir como fertilizante para fornecer potássio eu diria que não.
Além do mais o Sulfato de potássio tem uma solubilidade mais reduzida e contem
enxofre.
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Bom dia Dr Vinagre. Gostaria de saber se tem alguma literatura sobre Lactobacillus em agricultura. Estou pra fazer um projeto na faculdade (UNESP) sobre o uso deles contra fitopatogênicos e achei interessante o seu blog (acredito que seja um blog), principalmente por ter as referencias no final, o que os professores cobram muito por aqui. Se puder me enviar algum material no meu e-mail ou mesmo cita-los para que eu procure ia ficar muito agradecido com o você. Abraços
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Prezado.
Esse trabalho que você pretende fazer é justamente para te ensinar a pesquisar e vc não irá progredir se não aprender a fazer a pesquisa por você mesmo.
Não vai ser pedindo que as outras pessoas façam seu trabalho por você que vc irá progredir na sua profissão.
Existe uma farta literatura sobre o uso de Lactobacillus na agricultura. Você só tem que aprender como é que se localiza esses trabalhos, mas desde já eu te adianto, que você precisa entender que fazer Agricultura Biológica não se constitui em trocar produtos químicos tóxicos por organismos vivos, como você está querendo fazer.
Isso é trocar 6 por meia dúzia. A Agricultura Biológica não funciona dessa maneira.
Os Lactobacillus apareceram na agricultura por intermédio do Dr Teruo Higa nos idos da década de 80 na composição dos chamados Efficient MIcroorganisms ou E.M.
Eles são mais usados para outras coisas do que para o controle direto de fitopatógenos como se fossem um fungicida.
Eles são usados para produzir BOKASHI, acelerar a degradação da matéria orgânica, e também ( dentro do consorcio E.M. e não isoladamente) para combater a Sigatoka em bananas. São também, excelentes organismos redutores mas isso nem adianta comentar com seus professores por que eles ainda nunca ouviram falar nisso.
Sim , isso aqui é um blog e sim, eu coloco referências não por causa dos seus professores, mas porque fui ensinado dessa maneira nos Estados Unidos onde eles cultuam a boa educação, as boas maneiras e a ética , ao contrario dos Doutores da Embrapa Agroecologia que te ligam por telefone conversam demoradamente com você pra pegar dicas e depois publicam o trabalho e nem mencionam o seu nome nem como “Informação Pessoal” como deveria ser o caso.
A propósito, meu nome é José Luiz M Garcia
Atenciosamente
Jose Luiz
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Obrigado Dr pela dica, eu perguntei pois as vezes você poderia me indicar um autor em específico (como fez). Bom feriado.
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