A Nova Ordem Mundial e a Nova Ordem Alimentar

 

Com as ultimas notícias do que vem acontecendo no Mundo com relação a legislação sobre Agricultura e Alimentos já dá para se ter uma clara ideia de que realmente existe uma “Nova Ordem Alimentar” ditada por uma Nova Ordem Mundial.

Embora considerem a Nova Ordem Mundial uma “teoria da conspiração”, eu posso lhes assegurar que, nesse caso bem como em vários outros, a Wikipédia está redondamente enganada.

Não é de hoje que algumas empresas e alguns investidores internacionais adquiriram status supra nacional. O termo “multinacional” já não mais define o que vem a ser uma Monsanto, agora devidamente anabolizada pela Bayer, e nem tantas outras empresas Supra Nacionais.

Essas empresas estão acima dos países e de seus governos, muitas das vezes governados por fantoches, como foi o caso do Brasil, quando governado pelo PT, que aprovou o uso da tecnologia transgênica por baixo dos panos, enquanto que para os ingênuos militantes de esquerda ele se apresentava com um falso discurso anti imperialista e anti multinacionalista.

As Supra/Multis estão acima do bem e do mal e, portanto, estão acima das ideologias. Na Nova Ordem Mundial não vai existir nem direita e nem esquerda. Esses seriam conceitos primitivos para os países e de seus habitantes manipuláveis, que só atrapalhariam os reais objetivos desses grupos. Enquanto as pessoas se digladiam nas ruas, nas redes sociais e até na mídia e dividem países como Brasil e Estados Unidos, os reais dirigentes mundiais aos quais tanto a esquerda (principalmente a brasileira) quanto a direita devem obrigação, estão apenas pensando em como obter cada vez mais lucros e dividendos de seus projetos escusos.

Assim, George Soros, no Brasil e nos EUA, financia a esquerda mesmo sendo uma das pessoas mais ricas do mundo, ao mesmo tempo em que é um dos principais acionistas da Monsanto. O que essa pessoa almeja ao financiar a esquerda e ao mesmo tempo ter interesses econômicos em um dos grupos mais acusados de transgressões de todas as naturezas como legais, científicas, morais e econômicas ?

O USDA e o FDA não passam de meros escritórios de representação dessas mega empresas e de seu poderio econômico. Dessa forma conseguem, da noite para o dia, elevar os resíduos máximos de Glifosato permitidos em Soja dos antigos 20 ppm para os atuais 40 ppm. Esse procedimento foi uma constante desde o lançamento das variedades RR no final da década de 90, até os dias de hoje. Começou lá atrás com 2 ppm e foi sendo elevado paulatinamente até os atuais 40 ppm. Será novamente elevado assim que as colheitas estiverem com um nível maior que esse. Dessa forma estarão sempre “dentro da legalidade”

Porém, essa mudança na legislação, para beneficiar as safras transgênicas, agora atingiu um nível que beira o ridículo. Como todos sabem, as safras agrícolas historicamente sempre foram negociadas com base em volumes antes da popularização da pesagem e da balança. Cada país sempre teve o seu padrão volumétrico que se traduzia em uma determinada quantidade em kg.

O ‘bushel” sempre foi usado como medida de produção e produtividade para safras agrícolas e grãos como milho, soja, aveia, centeio, cevada, feijão, etc…. nos Estados Unidos e na Inglaterra, mas a esse volume correspondia sempre um determinado peso para cada produto, como por exemplo, o bushel de milho, que há séculos é considerado como 56 libras ou 25,4 kg.

Há tempos que eu venho falando em densidade nutricional como a meta a ser atingida por todos os agricultores que quiserem produzir um alimento de qualidade que seja capaz de nutrir os seres humanos e os animais eficientemente, por meio da Agricultura Biológica, que vai além da agricultura orgânica normatizada e pouco fiscalizada. Pois bem, o milho transgênico RR ( Resistente ao Round Up) que tem todos os seus minerais bloqueados pelo Glifosato, já não mais atinge as tais 56 libras por bushel !

O que fazer ? Abandonar essa tecnologia que promove cada vez mais desnutrição e doenças modernas ? Nesse caso, infelizmente não.

Para as trans-supra-nacionais é sempre mais fácil mudar a legislação. Assim, por força de um decreto, o bushel de milho, nos EUA, já não mais tem as tais 56 libras, mas somente 54 libras!

A primeira pergunta que nos vem a mente é a seguinte: aonde foram param aquelas duas libras ? Essa diferença, traduzida para a realidade brasileira que transaciona em sacas de 60 kg, vai significar 2,15 kg por volume de uma saca. Ou seja, os produtos estão ficando cada vez menos densos e consequentemente, menos alimentícios, além de estarem ficando cada vez mais envenenados por assim dizer. A resposta a essa pergunta pode ser vista na Figura 1. O Glifosato bloqueia e deprime o nível de 10 minerais nas plantas, saber Enxofre, Cálcio, Magnésio, Ferro , Manganês, Zinco, Cobre, Cobalto, Molibdênio e Selênio.

É público e notório que os Estados Unidos exibe, se não o pior, um dos piores índices de saúde entre todos os países desenvolvidos. Ele gasta em saúde mais do que a  França, Brasil, Espanha, Australia, Japão, China, Reino Unido, Itália e Canadá juntos !

Diz o ditado que : “Dinheiro não compra felicidade”. Isso é, todavia, discutível. Porém, uma coisas esses dados demonstram claramente : Dinheiro somente não compra saúde !

Por outro lado, também é igualmente público e notório que os Estados Unidos tem os alimentos mais baratos do mundo. Vários fatores como pesados subsídios, etc.. contribuem para isso, mas o que eles não estão se dando conta é de que esse valor aparentemente baixo dos alimentos estão tendo um custo pesado para a sua população. Basta olharmos as estatísticas das principais doenças modernas e vamos nos dar conta disso.

As pessoas estão pagando essa diferença de preço entre um alimento genuíno, decente e isento de contaminantes químicos como a maioria dos produtos orgânicos e um alimento “commodity” transgênico com pesados resíduos de Glifosato e outros agrotóxicos, e de baixo valor nutricional, com a sua saúde e as vezes com a sua própria vida, e não estão se dando conta desse fato.

Já foi dito que “não existe lanche grátis”. Esse é o exemplo clássico e digno de qualquer livro texto sobre economia participativa e solidária. A conta dos alimentos cada vez mais baratos simplesmente não fecha. A diferença terá que sair de algum outro lugar. E esse lugar infelizmente é a sua saúde.

Se levarmos em conta os atuais dados do CDC e construirmos uma curva para a incidência de Autismo em crianças americanas chegaremos a conclusão que uma em cada duas crianças deverão ser autistas em 2035. Esse quadro precisa ser mudado. Ele pode ser mudado.

Como disse Steve Drunker no livro “Altered Genes, Twisted Truths “ :

”Nós não precisamos de novas leis, nós não precisamos de novas pesquisas, nós       apenas precisamos de uma nova consciência Tudo o que é preciso é que algumas pessoas chave ou um número suficiente de pessoas em geral aprendam os fatos básicos. E, quando isso acontecer, como está fadado a acontecer, essa aventura transgenetica aversa aos fatos, terminará”.

GLIFOSATO BLOQUEIA MANGANÊS, FERRO E ZINCO.                       Figura 1. Efeito do Glifosato na absorção e na translocação de minerais. Eker, et al. 2006 ( 2,5% da dose recomendada) D Huber, What About Glyphosate-Induced Manganese Deficiency?  Fluid Journal 2007: 20-22.

Com a possibilidade do Glifosato vir a ser proibido em todos os países do mundo, porque já o é em El Salvador e Sri Lanka, ou de ser rotulado como produto “cancerígeno Classe 1” , como já está sendo na California, ou ainda vêr o seu uso ser proibido em áreas urbanas, como acontece em muitas cidades e países, e com isso ver as suas vendas despencarem, a Monsanto já engendra alguns novos lançamentos macabros.

Um deles seriam novas variedades resistentes ao herbicida usado na Guerra do Vietnam e conhecido como “agente laranja”, o 2,4-D,  que tanta desgraça causou aquele pais por promover deformidades em récem nascidos. Herbicidas que já estavam descartados a décadas, agora voltam a ser cogitados, como o Dicamba, porque tanto nos EUA quanto no Brasil o Glifosato vai perdendo a sua eficiência dia-a-dia com o aparecimento de espécies de mato resistentes.

Dois países fora da área de influência dessa Nova Ordem Mundial, a China e a Rússia, já demonstraram grandes preocupações com a qualidade dos alimentos e de como eles estariam afetando a saúde das pessoas nos seus respectivos países, tanto assim, que a Rússia baniu o cultivo e a importação de alimentos transgênicos e recentemente declarou que pretende estimular o cultivo de alimentos orgânicos naquele país.

A Dra Stephanie Seneff, Pesquisadora Senior do MIT, e hoje uma das maiores autoridades nos malefícios do Glifosato, autora de inúmeros trabalhos científicos e de dezenas de palestras e apresentações, algumas das quais perante o Senado Americano e a Assembleia do Povo na Holanda, foi convidada a falar sobre os malefícios do Glifosato para os chineses.

Clique para acessar o Chen_I_wan_Reference_info_glyphosate_June18_2014.pdf

A Nova Ordem Mundial com a sua Nova Ordem Alimentar não deve estar gostando muito do rumo que os acontecimentos estão tomando naqueles países . O que ela queria mesmo é ver todas as pessoas do mundo fazendo as suas refeições no McDonald’s assim como já fazem os militantes do MST no Brasil.

 

José Luiz M Garcia

Instituto de Agricultura Biológica

Fevereiro de 2017.