Estamos em um período de intensidade luminosa reduzida devido aos dias nublados onde a fotossíntese chega a ser reduzida em até 50%. Dias nublados e chuvosos, reduzem muito a intensidade do fotossíntese fazendo com que a planta produza menos carbono liquido (açucares).
Em consequência disso, temos observado uma redução significativa no teor de Sólidos Solúveis Totais (Brix) da maioria das plantas.
Assim, uvas não adquirem o seu máximo sabor e a maioria das frutas e hortaliças ficam com sabor “aguado”.
Esse aspecto não teria maior importância se não significasse menor quantidade de exudatos radiculares sendo liberados aos microrganismos simbiontes que tem a função de obter fósforo, cálcio, nitrogênio, e os demais nutrientes minerais para as plantas fazendo com que as plantas, bem nutridas, fiquem mais resistentes aos insetos e as doenças.
Essa conjugação de fatores, isto é, menor quantidade de açucares sendo gerada e exudada, e menor contribuição de minerais via simbiontes (sem contar com o fato da maioria dos nutrientes solúveis serem prontamente lixiviados do perfil do solo) provoca uma redução no nível de SST (Brix) dos vegetais e isso significa maior poder de atração das plantas a insetos e doenças.
Cabe ao agricultor biológico antever as situações e se preparar para evitar ataques de pragas e doenças tomando medidas que previnam essa queda do teor de SST (Brix) das plantas ou que, pelo menos, remedíe essa situação.
Não importando qual lavoura seja eu elenquei várias ferramentas biológicas que ajudariam numa situação como essa.
São elas :
- Melaço – na razão de 5 a 10 litros por hectare , ajuda a repor carbono liquido a micro vida simbionte, melhorando a nutrição das plantas.
- Molibdênio – Na forma de Molibdato de Sódio 50 gramas por hectare melhora a transformação de nitratos acumulados a amino ácidos, diminuindo a atração dos vegetais aos insetos.
- Acido Fúlvico – até 1 kg por hectare. Já foi apelidado por alguns consultores como “o segundo Sol”. Na falta desse pode-se usar substancias húmicas em pó (ou liquido) como Humisolve, MOL, Invicta ou H-85. Nesse caso usar uma dose de 1 a 3 kgs por hectare.
- Cálcio Liquido – (para os orgânicos verificar as normas). Doses usuais.
- Fósforo Liquido – como Fosfíto de Potássio ou Fosfíto de Cobre. Observar o fato de que Fósforo e o Cálcio serem incompatíveis e formarem um precipitado insolúvel. Usar ou um ou outro na bomba.
- Cobre – Existem inúmeros produtos a sua escolha. O melhor deles ao que tudo indica seria o Metalosate ou Glicinato de Cobre.
- Manganês – Assim como o cobre existem inúmeros produtos à disposição. Também o Metalosate ou Glicinato de Mn se destaca entre os demais.
Boa Sorte e Bom Trabalho
José Luiz M Garcia
Instituto de Agricultura Biológica
02 de Janeiro de 2016
grato
CurtirCurtir
Dr, No caso do “segundo sol”, o uso de um ácido fúlvico, aplicação via foliar ou solo
CurtirCurtir