A ideia de recolher e capturar Microrganismos Eficientes de Mata ( M.E.M.) popularizou-se a partir dos ensinamentos da Korean Nature Farming criada pelo Dr. Han Kyo Cho e hoje espalhou-se pelo mundo, notadamente pelas Américas Central e alguns países da América do Sul.
Existe, no Brasil, uma desinformação com relação ao “pai ” da ideia. Muitos imaginam ter sido Mokiti Okada o autor da idéia o que vem a ser um total absurdo, vez que o fundador da Igreja Messiânica faleceu em 1955 e o conceito de E.M. (Efficient Microorganisms) somente aportou no Brasil na década de 80. Jamais Mokiti Okada poderia ter sido a autor dessa ideia, portanto.
EM CONSTRUÇÃO e EM REVISÃO
BIBLIOGRAFIA
- Sama, Meishu . Ensinamentos de Meishu Sama: mistério da grande natureza, Lux Oriens Editora Ltda, 2001.
Bom dia!
Gostei muito do conteúdo do site. muito interessante.
Parabens pelo trabalho.
Gostaria de receber mais informações
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Muito Obrigado.
Se gostou, divulgue.
Que tipo de informações você gostaria de receber ?
Abs
Jose Luiz
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Boa tarde! muito bom o site. Utilizo M.E.M. a algum tempo e gosto bastante dos resultados, mas gostaria de entender qual a diferença entre os microorganismos que capturo no arroz. Utilizo apenas os de cor clara, mas as vezes mais do rosa, as vezes mais do amarelo, do cinza….branco….como saber qual o efeito específico de cada um? Muito obrigado
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Boa Tarde
Esse artigo, inclusive, está sendo re escrito porque quero introduzir várias novidades que tenho sobre o assunto.
Respondendo a sua pergunta, não podemos saber o efeito específico de cada um deles mesmo usando a cor
como parâmetro porque simplesmente existem vários fungos e actinomicetos de cor branca, rosa, etc…
O que sabemos, entretanto, que as florestas e matas são os locais onde esses fungos e demais microrganismos ainda
estão presentes, dai o nosso interesse em captura-los, multiplica-los e usa-los em solos já em processo de degradação
principalmente microbiológica.
O que sabemos, e que me foi ensinado pela Dra Elaine Ingham, quando ela ainda era professora em Corvallis, Oregon,
é que os de cor branca e rosa são geralmente os benéficos e os de cores mais escuras como vermelhos, cinzas e pretos
não seriam tão interessantes para se utilizar.
Eu não uso mais arroz cozido, pois acho pura perda de tempo e me limita muito pois quero capturar quantidades maiores
de M.E.M. Eu uso Farelo de Arroz, Carvão em Pó, Acido Húmico (que é um excelente alimento para fungos) e uma
serragem de pau podre que recolho na própria mata. Rego essa mistura com muito pouca agua e adiciono ácido húmico
e kelp. Coloco em sacos feitos de poliester ou nylon malha 50, mais ou menos que cabem uns 15 a 20 kg dessa mistura
e os levo até a mata, limpo a serrapilheira e cavo uma pequena trincheira com 20 a 25 cm de profundidade e os enterro.
Deixo por uns 10 a 15 dias, dependendo da temperatura e da chuva, e depois recolho.
É assim que estou capturando M.E.M. Depois com esse material multiplico com mais farelo ainda, carvão e serragem de pau podre
de mata e ácido húmico, pouco melaço e kelp. em tambores sem ar.
Dai seguimos para os tambores com agua e melaço pra fazer o M.E.M. liquido.
Abraços
Jose Luiz M Garcia
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Bom dia José Luis.
Em primeiro lugar agradecer-te pelo empenho e paixão pela causa dos E.M.E. E o belo trabalho publicado.
Meu nome é Alberto, eu e minha mulher Martinha, estamos iniciando um projeto hortícola orgânico, em Belém do Pará.
Sumos iniciantes na captura de microrganismos, com o arroz cozido. Terminamos ontem de colocar para fermentar a nossa segunda coleta. Já que a primeira passou do tempo.
Toda a literatura que consultamos para conseguir os E.M. Referia-se a um tempo de captura entre 10 e 15 dias. Na nossa primeira experiência observamos os dois primeiros dias notamos que havia uma ligeira alteração de cor, e, concluímos que teríamos que esperar esse tempo indicado. Ao fim de 15 dias voltamos ao local e o arroz já estava em estado de fermentação e meio liquefeito. Descartámos e voltamos a repetir a experiência e observando diariamente o arroz. Notamos que logo após o terceiro dia as colônias começaram a proliferar muito rapidamente, e resolvemos ao quinto dia fazer a mistura para fermentar de formo anaeróbia.
Resistíramos algumas fotos das culturas. Há possibilidade de conseguir a tua opinião sobre o tema?
Existe algum laboratório que possamos recorrer para uma análise do produto final para confirmar a presença dos microrganismos que realmente interessam?
Um abraço,
Antecipadamente, obrigado,
Alberto Moreira
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Boa Noite Alberto,
Pelo visto somos parentes. Temos o mesmo sobrenome.
Essa questão de coleta ou captura de MEM tem um forte componente cultural oriental.
Como foram os orientais quem os introduziram no Brasil e eles tem uma forte ligação com
o arroz, eles o usam com frequência, mas o seu emprego não é nem obrigatório e nem necessário.
Na verdade vc pode ir até uma mata e simplesmente tirar as folhas não decompostas de cima e
coletar a serrapilheira já de cor marrom e preta junto com, por exemplo, os primeiro 2 a 3 cm de solo.
Isso já te da os inóculos suficientes para inicair uma produção de MEM.
Alternativamente fazer sacos com o formato cilíndrico e os encher de farelo de arroz 80% + Carvão em pó 20%
e adicionar para cada 10 kg dessa mistura , uns 100 gramas de Acido humico em pó. Deixá-los sobre o solo
( raspar a serrapilheira e cobrir os sacos com ela) .
O tempo sempre será uma questão de umidade x temperatura. Aqui em São Paulo, fazemos no verão com
4 a 5 dias apenas onde sempre existe umidade. Agora nessa meia estação esperamos chover e depois colocamos
e esperamos por uns 10 dias. Na sua região eu creio que 4 ou 5 dias já seriam suficientes.
Mas nada o impede de, por exemplo, rastelar a serrapilheira e deixar o solo exposto e ai em cima dele espalhar,
por exemplo, carvão vegetal puro ou em combinação com farelo de arroz ou trigo e voltar após 15 dias ou até mais
e recolher tudo.
Ou seja, existem inúmeras maneiras de coletar, mas quando se segue uma receita a sua imaginação fica castrada.
A receita castra o indivíduo.
Pode me mandar fotos a vontade. Me escreve em drvinagrephd@gmail.com que eu te dou o whatsapp.
Com relação a :
“Existe algum laboratório que possamos recorrer para uma análise do produto final para confirmar a presença dos microrganismos que realmente interessam?”
1. Pode até existir mas o custo será elevado.
2. Qual os organismos que realmente interessam ? Você sabe ? Se souber me avise. Na minha opinião todos
interessam. Então analisar pra que ? O objetivo é mimetizar e multiplicar o ambiente florestal. Ponto.
Agora um pequeno favor pra mim: Por acaso vocês teriam acesso a algum sitio arqueológico que contenha
Terra-Preta-de-Índio ? Eu sei que no Pará existe Terra-Preta-de-Indio. Não só no Amazonas. Qualquer coisa
me avisem.
Se tiverem, me falem pois tenho um projeto que gostaria de desenvolver com esses microrganismos especificamente,
para que eu justamente possa responder a sua pergunta acima.
Um grande abraço
José Luiz
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Muito obrigado pela resposta! Vou tentar dessa maneira também.
Mas fiquei com mais uma dúvida: os organismos mais benéficos não são os aeróbios? Faz sentido reproduzir os anaeróbios e facultativos nos tambores sem ar e depois aplicar no ambiente aeróbio? Será que daria para, depois de capturar os microorganismos na mata, reproduzi-los no biorreator aeróbico, assim como o Compos Tea?
Muito obrigado!!
Abraços!
Fábio Ribeiro
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Boa Noite
Essa história de que os aeróbicos seriam os mais benéficos é uma longa história que começou
com a tradição européia da Compostagem Aeróbica. A Dra Elaine Ingham ajudou a reforçar esse
mito mas eu já tive a oportunidade de escrever sobre isso. Procure meu artigo sobre Compostagem,
leia-o e entenderás o porque desse mito.
Os organismos que estamos coletando na mata são na sua maioria facultativos.
Sendo os dois grupos principais as leveduras e as bactérias lacticas. Esses são os dois
grupos principais e com um pouco de sorte coletamos também RodoPseudomonas sp.
A Rodopsudomonas sp. é “o cara” de todos esses organismos porque dispõe de 4 metabolismos.
Isso não é pra qualquer um não.
Reproduzir os organismos de mata em bioreatores não vai funcionar muito bem porque os fungos vão ficar de fora,
mas com certeza as bacterias, as actinobacterias, e os protozoários terão alguma chance.
Quando se fala em “Compost Tea ” é preciso saber qual o tipo de equipamento que vc irá usar porque
alguns não possibilitam o crescimento de fungos. O tipo que eu uso permite o desenvolvimento de fungos
e também é fácil de limpar.
Abs
José Luiz
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Boa tarde
Entendi, muito obrigado pela resposta!
E como seria uma boa maneira de reproduzir fungos? O modelo que tenho aqui é um tambor com o fundo em forma de funil, e uma bomba de ar forte bem no meio do funil, assim, todo sedimento tende a ir em direção a coluna de ar, que os lança pra cima e agita todo o conteúdo do tambor.
Li o artigo sobre compostagem, muito interessante.
Mas se eu for aplicar M.E via irrigação por exemplo, supondo que eu não esteja preocupado com os fungos (lógico que estou, apenas um exercício didático), no biorreator aeróbico a contagem de microorganismos por volume de líquido é maior do que em garrafas fechadas com água e melaço, não ( água e melaço em garrafas fechadas foi como aprendi a fazer o M.E)?
E se isso for verdade, não é importante aplicar o M.E em alta contagem considerando que são microorganismos estruturantes da comunidade microbiológica?
Outra coisa: crio peixes no tanque de irrigação da horta, e fiz o sistema de aeração do tanque de forma a levantar o sedimento do fundo e potencializar a produção de Chlorella sp. Fiz isso a uns 10 dias, e tenho a impressão que aumentou a quantidade de minhocas na horta. Procurei na internet e não encontrei informações sobre uso de algas verdes de água doce na agricultura, será que elas servem de alimento para protozoários? Ou por serem fotossintetizantes produzem alguns hormônios vegetais?
Muito obrigado!
Abraços
Fábio Ribeiro
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Boa Tarde
A reprodução de fungos tanto em meio sólido quanto em meio liquido poderá ser efetuada porém é um assunto
extenso demais para ser abordado nesse espaço.
O modêlo que você descreve é um sistema “Vortex” e poderá ser usado. Eu já usei.
Com relação a peixes, camarões, etc… a utilização de E.M. é altamente desejável para diminuir o nível
de nitratos e amônia em suspensão nos tanques.
Esquece tudo o que lhe disseram a respeito de “multiplicação “de E.M. Não é daquele jeito, OK ?
As algas de solo, por serem plantas, também sintetizam açucares e assim alimentam as bactérias
do solo e são um importante elo da cadeia alimentícia do solo.
Se elas alimentam preferencialmente as bactérias, indiretamente estão alimentando os protozoários
pois esses se alimentam das mesmas.
Como fonte de hormônios ( PGR ) os atores mais importantes seriam as bactérias e actinomicetos que conseguem
penetrar nas raízes.
As algas são um importante componente do solo por produzirem acido carbônico e com isso solubilizarem
as rochas adicionadas ou o remanescente delas no solo. Algumas ( Blue Green ) possuem a Nitrogenase e com isso
fixam Nitrogênio. É dessa forma que as plantas de arroz conseguem o N na agua na qual são cultivadas.
Algas, assim como as bactérias, produzem mucopolisacarídeos ( substancias grudentas = cola ) que ajudam
na estruturação do solo e formação dos agregados do solo.
Abs
José Luiz
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Muito obrigado
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Boa noite! Ainda na expectativa de novas informações sobre esse tema. As informações disponíveis na internet e literatura são repetitivas, desencontradas ou duvidosas. Adoraria ter acesso a um outro olhar sobre o assunto, como ja pude vislumbrar parcialmente nos comentários. Muito obrigado! Abs.
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Caro Leandro Cardoso,
Eu simplesmente desisti de transmitir alguns tipos de técnicas mais elaboradas por essa via.
As pessoas não conseguem duplica-las e no final ainda acabam me criticando pelo seu próprio fracasso.
Portanto, se não for por via direta, tipo professor-aluno não vejo outra chance.
Attn
Jose Luiz
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