A centelha da Vida, uma dádiva Diviva
Quando iniciei esse blog, em Maio de 2015, o primeiro artigo que publiquei foi “Nutr-I-Kelp® – A Ajuda que vem do Mar “. Nutr-I-Kelp é a marca registrada de um dos três primeiros produtos da linha biológica da empresa Agrobiologica, fundada por mim em 2003 .
De fato eu acreditava, e ainda acredito, que deveríamos buscar de volta no mar todos aqueles minerais, alguns dos quais raros, que foram “lixiviados do nossos solos devido ao intemperismo de milhões de anos e, ultimamente mais intensamente, devido ao mau gerenciamento das práticas agrícolas convencionais”. Esse pelo menos era o discurso no qual todos nós, agricultores independentes e sustentáveis, sempre acreditamos.
Entretanto, o saudoso fundador da Acres USA, o jornalista Charles Walters, me lembrou, por intermédio de um dos seus mais brilhantes livros, o Fertility from the Ocean Deep ( 1 ), que na verdade toda essa riqueza mineral marinha se deve não só a lixiviação dos nossos solos durante milhões de anos , mas sim, e sobretudo, as constantes erupções vulcânicas submarinas que ocorrem a quase todo instante.
Quem já visitou a antiga fábrica da Yoorin Fertilizantes em Poços de Caldas, sabe que a rocha quando fundida e depois submetida ao imediato contato com a agua, é impedida de voltar a se recristalizar e portanto permanece amorfa, tal e qual o termofosfato lá produzido, e com isso se transforma em uma forma mais disponível aos seres vivos e eventualmente se transforma também em uma forma iônica e, portanto, totalmente solúvel.
Ouve tempo em que os especialistas marinhos acreditavam que o número de vulcões submarinos estavam em torno de 10.000. Esse número, entretanto, foi atualizado para 40.000 segundo Robert Felix em seu livro, Not by Fire but Ice ( 1 ).
Ou seja, os oceanos são, nada mais e nada menos do que, uma imensa e gigantesca fábrica como a da Yoorin, e é amplamente sabido que o fundo dos oceanos é composto de rochas ricas em nutrientes importantes para as plantas como Cálcio e Magnésio ( das rochas calcáreas), Potássio, Fósforo e micronutrientes.

Fig. 1 – Composição Química da Água do Mar
Aliás, o nosso grande incentivador, o Dr Éder Martins da Embrapa, nos lembra muito bem que já existem produtos como a Langbeinita (KMg2(SO4)3 ) e a Polihalita ( K2MgCa2(SO4)4.2H2O) que são derivados de rochas que contemplam essa mesma composição de minerais da água do mar (excetuando o NaCl) e que são registrados para o uso agrícola ( 2 )
Portanto, é válido dizer que a água do mar, guardando as devidas proporções, nada mais é que uma solução de rochas, ou seja, rocha solubilizada. A grande vantagem daquela é que supera, em número de minerais, a maioria das rochas na sua composição. Enquanto que as rochas possuem ao redor de 70 elementos, na água do mar foram identificados e isolados, nada mais e nada menos que, 95 elementos. Sem contar que a agua do mar contém bactérias, vírus, fitoplancton, moléculas orgânicas como acido fúlvico, exopolissacarídeos, etc…
Então, pergunta-se, porque até o momento não se tem feito uso da agua do mar com finalidades nutricionais para as plantas ?
Várias causas tem contribuido para que isso acontecesse. A principal delas ainda é a tradicional míopia acadêmico-científica, devido a exaurida, debilitada, arrogante, equivocada e nauseante teoria do NPK.
Outro fator importante é, sem sombra de dúvidas, o seu elevado conteúdo de Cloreto de Sódio. ( NaCl ). Apesar de todos nós sabermos que o Sódio é importante para o bom funcionamento do solo, como já antevia o Prof. William Albrecht, até um valor de 1,5% da Saturação das Bases Trocáveis do Solo, mesmo porque está envolvido na Condutividade Elétrica ( C.E. ) do solo e, portanto, na sua esfera energética, o Sódio ( Na ) em excesso tem o poder de dificultar os vegetais a absorverem água, devido ao aumento da pressão osmótica do solo e com isso, poderem se se hidratar adequadamente.
A máxima do médico e físico Paracelso (século XVI) que “Dosis sola facit venenum” ou “somente a dose é quem faz o veneno” ou ainda, “a diferença entre o remédio e o veneno é exatamente a dose”, continua sendo válida.
Mas, antes mesmo do Sódio causar desidratação as plantas, à partir de 1,5% da Saturação de Bases, o Sódio começa a substituir o Potássio a nível celular, e com isso, a causar problemas a fisiologia e ao bom funcionamento do vegetal.
Esses fatores são, portanto, reais e justificáveis, e o Sódio deve ser sempre levado em consideração principalmente quando se tem teores de Sódio beirando os 1,5% da Saturação de Base, principalmente naqueles solos de baixa CTC, como os solos da região Nordeste e vários solos de outras regiões.
Recentemente, visitei uma propriedade orgânica desde a década de 80, que tinha seus solos de estufa ( onde não chove em virtude da cobertura plástica e portanto o excesso de Sódio não consegue ser lixiviado ) com saturação de Sódio ao redor de 8%. Examinando a situação mais de perto, pude verificar que a fonte do acúmulo de Sódio tinha origem na rocha usada como fonte de potássio, ou seja, um fonolito da região de Poços de Caldas, M.G. A rocha é aprovada para o uso orgânico mas tem ao redor de 5% de Sódio na sua composição. Então, não é só o Sódio de origem marinha que pode salinizar um solo. Que isso fique bem claro.
Mas o ser humano, de uma maneira geral, sofre de Natriofobia, que é o medo totalmente injustificável e fruto do imaginário popular baseado na tradição histórica, como o célebre “ Cerco de Cartago “ ( 149 a 146 a.C.), cuja aplicação de sal pelos romanos jamais pode ser comprovada historicamente, e em textos bíblicos dando conta que: “um solo uma vez salgado nada nele crescerá durante 100 anos”, e foram esses relatos históricos e imaginários que ajudaram e fizeram com que o Sódio tivesse essa péssima e deturpada reputação. Existe sim um perigo em potencial, mas ele é igual a todo e qualquer outro excesso de todo e qualquer outro nutriente.
Entretanto, baseado em experiências práticas sabemos ser necessário muito sal para poder tornar o solo improdutivo. Walters ( 1 ), citando Heine que trabalhou diretamente com Maynard Murray, um médico americano que pesquisou o uso do que ele chamava de “sólidos do mar “ ( em outras palavras, sal grosso do mar ) diretamente no solo ( 4 ), verificou que eram necessários cerca de 3 toneladas de sal grosso por hectare para que efeitos deletérios do sódio pudessem ser observados.
Evidentemente, que jamais poderíamos falar de Água do Mar para uso agrícola ou qualquer outro uso, sem mencionarmos quem foi que nos chamou a atenção para o valor dessa solução primordial, desse plasma vital, desse milieu ( meio ), desse ambiente propício a vida e quem, na verdade a originou, ou seja, o biólogo e fisiologista René Quinton ( 1866-1925) que trabalhou, à sua época, no Laboratoires des Hautes Études du Collége de France ( 3 ). Esse pesquisador sim, estava décadas a frente do seu tempo e vislumbrou, a sua época, o valor dessa solução eletrolítica.
Outra razão que explica o desprezo ao uso de produtos com base na água do mar pela academia e, o seu braço comercial, a industria de fertilizantes, é o fato da maioria dos seus componentes estarem presentes em concentrações extremamente pequenas.
Essa visão obtusa e tosca não leva em consideração que a agua do mar, não se sabe porque, consegue manter a sua composição estável a milhares de anos, mesmo sendo submetida a constantes e ponderáveis adições de lixiviados terrestres bem como de material originário de erupções vulcânicas submarinas. Não conseguem enxergar que foi esse milieu que originou a vida há milhões de anos atrás.
E finalmente não entendem o papel dos eletrólitos na bioquímica da planta e de outros seres vivos. Dão ênfase a errônea idéia de que os minerais seriam como tijolos em uma construção ou como os americanos os chamam, “building blocks”.
O milho, por exemplo é constituído de Carbono, Hidrogênio, Oxigênio na sua grande maioria (95,3%) e, em menor escala ( 4,12%), de Nitrogênio, Silício, Potássio, Cálcio, Fósforo, Magnésio e Enxôfre ( nessa ordem de importância ) e todos os chamados micro nutrientes perfazeriam somente 0,58% de acôrdo com Frederick & Thompson ( 4 ).

Quadro 1. Composição Elementar média do tecido do milho, in Soil and Soil Fertility, Oxford University Press, N.Y., 1993
Como se pode observar, os verdadeiros “building blocks” ou macro nutrientes seriam em realidade o Oxigênio, Carbono e Hidrogênio. Os demais nutrientes formadores dos vegetais denominados pela academia de “macro nutrientes” e de “nutrientes intermediários” são, na verdade, necessários em quantidades bem inferiores e hoje sabemos, foram assim rotulados, para justificar toda uma indústria edificada sobre os devaneios de Justus von Liebig, e que pretenderam sempre impor, de forma draconiana e bem ao estilo do quarto poder da republica, aos agricultores, somente três elementos em detrimento de dezenas de outros nutrientes.
A água do mar apesar de conter Enxofre, Magnésio, Cálcio e Potássio em quantidades maiores exerce o papel de eletrólitos em função dos 95 elementos da sua composição equilibrada de uma maneira tal que permite que algumas reações bioquímicas sejam realizadas, onde antes não teriam sido possíveis.
Segundo Schroeder ( 6 ), “os oligoelementos são mais importantes para a bioquímica e fisiologia dos seres vivos, e portanto para a sua nutrição, do que as vitaminas porque eles não podem ser sintetizados pelos organismos vivos, como é o caso das vitaminas ”. Podemos estender essa declaração também para os hormônios e, sobretudo, as enzimas, pois nenhum deles funcionaria sem os seus respectivos co-fatôres. Minerais, cerca de 59, são necessários para que várias plantas consigam exercer as suas funções mais básicas
Enquanto a academia não compreender o importante papel dos eletrólitos, bem como a sua importância, e o real valor dos oligoelementos como a força capaz de transmitir e dar a vida aos seres vivos, não será possível avaliar a sua verdadeira importância.
Eletrólitos cristalóides fazem o papel de “liquido de bateria” para os seres vivos. São eles que permitem a condução da energia dentro do liquido citoplasmático celular. Eles não são “tijolinhos de uma construção”, como querem nos fazer crer. Nada mais longe da verdade do que essa idéia tosca e desfocada da realidade.
E para isso, não é necessário quantidade de elementos mas sim diversidade, a forma (qualidade) e principalmente a proporcionalidade, vale dizer osmolalidade. Quando descemos ao nivel energético de como a vida funciona, a nivel celular e citoplasmática, nos deparamos com fatores para os quais a ciência ainda não está 100% aparelhada para descrever. Fenômenos pouco entendidos. Aspectos sutis e muito delicados para que sejam adequadamente detectados pelos nossos sentidos, a ponto de não existir sequer linguagem para descreve-los precisamente e adequadamente em termos científicos ( 10 ).
Porém, o padrão ouro da pesquisa agronômica, ou seja, a eficiência agronômica, está cheia de exemplos do sucesso da aplicação de diversos produtos originários da água do mar como o Sea Solids, Ocean Minerals, Resíduo de Água de Salineiras ( Bitterns ) e sobretudo alguns produtos feitos com um nível superior de tecnologia, quando se remove 95% do Cloreto de Sódio ( NaCl ) e se concentra os demais componentes, como o produto Sea-Crop ® ( produto americano e não o produto com esse nome que existe no mercado brasileiro, que contém apenas um extrato de Kelp ).
O uso desses produtos aumentou a densidade (medido pelo Brix, teor de cinzas, matéria seca, açucares, etc), aumentou a área foliar, o número de frutos e a produção total, diminuiu o ataque de insetos, aumentou o teor de nitrogênio das folhas, aumentou a síntese de beta caroteno ( carotenos protegem a clorofila da oxidação e destruição pelos raios UV ), aumentou a eficiência da clorofila, aumentou a quantidade de antioxidantes ( medidos pelo método ORAC ), a floração precoce e favoreceu a produção precoce.
Duas aplicações no ciclo de algumas culturas, do produto americano Sea-Crop ® provocou um aumento médio da produção de 46,79% , variando de 11,26 a 67,31% em 6 culturas diferentes. Já três aplicações aumentou ainda mais a produção para 62,56%, em comparação ao controle (11).
A soja apresentou um aumento de 25% no numero de vagens, o que pode ser vantajoso ou não, dependendo do regime de chuvas ( 11 ).
Em testes preliminares em olericulturas, com uma versão fluminense do Sea-Crop ®, conseguimos observar uma boa proteção contra o míldio e o oídio e um claro aumento do teor de clorofila nas folhas.
Digno de nota também é o tremendo efeito estimulador que os eletrólitos marinhos exercem sobre os organismos microscópicos sejam eles bactérias, fungos e leveduras de solo bem como aqueles da filosfera e de vida livre que vivem em simbiose com as plantas externa ou internamente. Eu julgo uma boa contribuição para qualquer multiplicação de bactérias e leveduras que se deseje fazer, adicionar até um limite de 1 ml por litro ou 0,5 gramas de sal marinho natural ( não iodado e sem qualquer tipo de adição como anti-umectante, etc. ) por litro.
Deixo vocês com essa reflexão sobre o uso dessa fonte inesgotável e, portanto, renovável lembrando que o governo francês em Agosto de 1991 demarcou a região salineira da Britânia e declarou-a como santuário e reconheceu a prática da colheita de sal marinho pelo método tradicional Celta como um tesouro nacional ( 9 ).
Nossos antepassados, há muito tempo atrás, reconheceram as propriedades vitais e curativas do sal marinho. Eles também sabiam que o sal grosso (cristalizado) propiciava a conexão vital com as forças e os elementos da Natureza.
Entre esses nossos primitivos ancestrais estavam os Celtas, que reconheceram e tinham em alta estima três principais símbolos: o trigo, a água e o sal. Esses constituíam uma trilogia de substâncias muito fortes e uma base para os seus princípios norteadores básicos da sua filosofia. O trigo é o símbolo da vida: o centro, o regenerador da vida. O sal é a extensão do fogo, emitida pelas águas, o poderoso elemento usado na alquimia e na transmutação.
Agua clara e cristalina e sal também concedem força espiritual e moralidade virtuosa. Profundamente enraizada na tradição Celta, está a reverência pelos elementos básicos que envolvem a raça humana. Sacerdotes druidas realizavam ritos de renovação sazonal a pedido de membros das tribos. As forças do Céu e da Terra se encontravam e se multiplicavam em monumentos de pedra ( Cairns ) ou em cavernas rochosas. Essa era a fonte do poder dos sacerdotes Druidas, como as receberam da Natureza.



Figura 2. Exemplos de espirais celtas
Os Druidas, que eram os lideres seculares do povo Celta, assim como seus sacerdotes mais elevados, selecionavam um local selvagem e remoto, como uma montanha, uma praia ou uma ilha , para executar seus rituais cerimoniais, não apenas para evitar distrações indesejáveis mas sobretudo para estarem mais próximos das forças sagradas da Natureza ( 9 ).
Espirais celtas do grande espiral místico, esculpidos dentro dos monumentos rupestres ( Cairns ) representavam não somente a jornada da passagem da alma através da morte para encontrar repouso e renascimento. Hoje em dia nós encontramos esses mesmos espirais numa forma material e prática nos projetos das salineiras e nos recipientes de argila esculpidos próximos ao litoral, para extração do sal do oceano.
Ao fazer a agua do mar seguir um caminho espiralar na terra, a salmoura concentrada, prestes a se tornar cristais úmidos, refaz o mesmo caminho transmutacional que a matéria percorre desde o caos.
Os Celtas acreditavam que o sal do mar, assim como todos os demais elementos naturais, estava dotado de propriedades energéticas especiais e continha o espirito da Divindade. Esse fato tem verificação lógica na ciência moderna, quando se sabe que o sal do mar é o produto do fogo interno da terra e da transmutação de camadas de rochas tectônicas por aquele fogo, debaixo do fundo dos oceanos. Também lembramos que a função dos sacerdotes Celtas era identificar essas forças da Natureza e desenhar um um caminho definido conectando esses elementos físicos e espirituais para cada membro da tribo.
O sal é o elemento básico da transmutação, em todas as substancias da Natureza, que permite ao homem caminhar ereto, adquirir inteligência e permanecer totalmente livre. Por essa razão que o sal era altamente apreciado e era ativamente recolhido com o maior cuidado todos os dias.
A origem cósmica do sal ( que também nos conecta ao berço da vida – o oceano ) era também reconhecida como tendo um importante significado. Quando o sal é recolhido das piscinas rasas feitas de argila ou da sua base de fitoplacton, a sua ionização e posterior cristalização é o resultado de uma comunhão íntima da agua e do sal com o Céu e a Terra.
Na Agricultura Biodinâmica, dois dos preparados biodinâmicos recomendados por Steiner são feitos pela dissolução de pequenas quantidades de material em um barril com água. A água é, então, submetida a movimentos circulares para que se forme um redemoinho criando um vórtex profundo, estreito e oco no seu centro. Esse vórtex é subitamente interrompido e colapsa. A água é, então, mexida na direção oposta.
Esse tipo de movimentação, ou seja, criação do vórtex, paralização, colapso e movimentação na direção oposta continua por meia hora ou até por mais tempo. Os agricultores que se valem dessa técnica, observaram que após algum tempo desse procedimento, a água como que começa a engrossar, vale dizer “gelificar”. Mas o volume de água após esse fenômeno começa a ser movimentar de forma mais fluída e, portanto, mais fácil, ao contrário do esperado. O líquido resultante adquire, o que em física quântica é chamado de, “coerência “.
Alguma coisa, além do nosso conhecimento, se passou com aquele liquido para que ele começasse a se comportar daquela maneira. Existem várias teorias para explicar esse fenômeno. Como a água tendo sido “carregada com um spin eletrônico adicional” ou a “polaridade magnética das moléculas de água tenha sido aumentada “ ( 10 ).
Entretanto, essa modificação das propriedades fisico-químicas da água estão em pleno acordo com as ultimas descobertas científicas feitas pelo Prof. Gerald H. Pollack da Universidade de Washington e Editor Chefe da publicação científica WATER, autor de inúmeras publicações científicas e figura de proa na pesquisa mundial sobre água cujas idéias puderam chegar ao grande público por intermédio de dois de seus livros, o The Fourth Phase of Water – Beyond Solid, Liquid and Vapor e o Cells, Gels and The Engines of Life – A New Unifying Approach to Cell Function (12, 13 ).
Foi graças ao Prof. Pollack e a seus colegas e mentores que hoje sabemos que a água dentro das células não tem nada a ver com a água dentro de uma garrafa.
O fato é que não podemos jamais querer reduzir a água do mar a “uma simples solução diluída de micro-elementos”. Isso já não faz mais nenhum sentido, à luz dos conhecimentos científicos atuais.
Hoje em dia, isso seria apenas digno do mais míope dos acadêmicos. Daqueles que ainda se seguram nos seus, cada vez mais carcomidos, títulos acadêmicos tupiniquins e se esqueceram de estudar e de se atualizar.
José Luiz M. Garcia
Instituto de Agricultura Biológica
Novembro de 2020
Referências
- Walters, Charles ( 2005 ) FERTILITY from the OCEAN DEEP – Nature’s Perfect Nutrient Blend for the Farm, Acres USA, Austin, Texas, 173 pgs.
- Martins, Eder ( 2020) Comunicação Pessoal.
- Mahé, André ( 2002 ) O segredo das Nossas Origens, Editora Autores e Agentes Associados – Ed. e Prom. Internacionais Ltda., 170 pgs.
- Murray, Maynard M.D. ( 1976 ) Sea Energy Agriculture – Nature’s Ideal Trace Elements for Farm, Livestock, Humans, Acres USA, Austin, Texas, 109 pgs.
- Frederick, T. & Thompson, L.M. ( 1993) Average Elemental Composition of Corn Tissue, Soil and Soil Fertlity, Oxford University Press, N.Y. USA.
- Schroeder, Henry A. ( 1982 ) The Trace Elements and Man, The Devin-Adair Company, Old Greenwich, Connecticut, USA, 180 pgs.
- Martlew, Gillian (1994) Electrolytes, The Spark of Life, Natures’s Publishing, Murdock, Fl., USA, 94 pgs.
- Schauss, Alexander G. ( 1999 ) Minerals, Trace Elements and Human Health, 4th Edition, Biosocial Publications, Tacoma, Wa, USA, 118 pgs.
- Langre, Jacques ( 1994 ) Seasalts’s Hidden Powers, Hapiness Press, Magalia, Ca, USA, 99 pgs.
- Yarrow, David ( 1999 ) Fire in the Water, How Minerals Become Biology, Natures’s Publishing, Murdock, Fl, USA, 54 pgs.
- Zeigler, Arthur ( 2012 ) Seawater Concentrate for Abundant Agriculture, Ambrosia Technology, LLC, Raymond, Wa, USA, 133 pgs.
- Pollack, Geral H. ( 2013) The Fourth Phase of Water – Beyond, Solid, Liquid and Vapor, Ebner & Sons Publishers, Seattle, Wa, USA, 357 pgs.
- Pollack, Gerald H. ( 2001 ) Cells, Gels and The Engine of Life – A New, Unifying Approach to Cell Function, Ebner & Sons Publishers, Seattle, Wa, USA, 305 pgs.
Excelente artigo! Aprecio muito seus artigos! Muito bom mesmo! Tenho usado plasma marinho aqui do Ceará. Ajudou na floração dos mamoeiros… Estou procurando um laboratório que faça a análise mas não encontro….
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Obrigado e parabéns ao Ceará.
A analise laboratorial apenas vai confirmar o que já existe na literatura. Não irá acrescentar nada.
Vai gastar dinheiro desnecessariamente.
Além do mais o segredo desse material não está na sua composição, mas sim na sua osmolalidade,
ou seja, na proporcionalidade dos seus constituintes.
Talvez seja interessante lembrar, nesse momento, que até hoje não conseguiram fazer em laboratório
uma “agua do mar artificial “, ou seja colocam tudo o que existe, ou que eles sabem que existe, mas
os peixes não sobrevivem nesse meio artificial.
Assunto para ser pensado e repensado.
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Parabéns pelo artigo sobre a água do mar! O Sr tocou em aspectos que nunca haviam me chamado a atenção, e que, a partir de agora, considerarei, em minhas reflexões agronômicas. Obrigado
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Texto maravilhoso, muito bom.
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O Sr poderia explicar um pouco mais sobre a osmolalidade? Seria de grande valor para nós agricultores familiares do Ceará. Esse plasma tem um custo baixo para nós…
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