“ A idéia de que a luz do Sol é perigosa nega toda a ciência evolucionária básica “ Dr. Michael F Holick, M.D., Ph.D.
Há dez anos atrás o médico e pesquisador Michael F. Holick, Ph.D., alertava, em seu best seller The Vitamin D Solution, que o mundo vivia uma pandemia de carência de Vitamina D ( 1 ).
De lá para cá pouca coisa tem sido feita para modificar o quadro dessa pandemia, muito pelo contrário. Nem uma única palavra por parte da OMS.
Até o presente momento, a Heliofobia (termo cunhado para designar esse medo totalmente injustificado e irracional do Sol) só tem aumentado e piorado a julgar pelo aumento dos números do Fatores de “Proteção” Solar ( FPS ) de 30 dos usados à época até os de número 70 e até 90 dos bloqueadores solares atuais.
Esse caso, que infelizmente pode estar por trás dessa outra pandemia, a de COVID-19, é um exemplo de como a indústria consegue impor certos tipos de “verdades científicas” por meio do “cientificismo” ou da chamada Ditadura Científica ( 2 ) ou, do que eu chamei, de Ditadura da “Evidência Cientifica” ( 3 ) , que se apoia invariavelmente na manipulação de dados estatísticos, tão bem explanada por John P. A. Ioannidis ( 4 ).
Mas, a bem da verdade, no caso dessa pandemia os verdadeiros responsáveis são os (as) Dermatologistas que transmitem o virus da Heliofobia. A Heliofobia é uma doença altamente contagiosa. As dermatologistas contaminam os seus pacientes que por sua vez contaminam as outras pessoas. A Heliofobia é um vírus mental, ou meme. Os vírus mentais são o principal tema dessa nova ciência chamada de Memética.
Recente estudo realizado na Irlanda e publicado no Irish Medical Journal reconhece que a Vitamina D3 confere resistência as doenças respiratórias e recomenda que os adultos tomem de 20 a 50 microgramas de Vitamina D3 ( de 800 a 2.000 UI ) por dia para receberem esse tipo de benefício ( 5 ). Essa também é a mesma conclusão de um outro estudo também irlandês ( 6 ) e um outro mais recente estudo italiano, de Turin, o qual tem recebido mais divulgação por parte da mídia ( 7 ).
Uma outra pandemia que está grassando pelo mundo a fora seria a pandemia da contaminação do ar, solo, da agua e das plantas pelo Glifosato.
Como eu já tive oportunidade de esclarecer anteriormente ( 8, 9 ).

Fig. 1 – Pizza, um dos alimentos mais consumidos no mundo, em cujos ingredientes o glifosato é, sem sombra de dúvidas, parte integrante, pois as lavouras de trigo são “terminadas” geralmente com esse herbicida.
Esse único agrotóxico, que durante décadas se fez passar como supostamente inofensivo, contando com a ajuda da chamada “ciência” agrícola e toxicológica, hoje coleciona dezenas de sentenças judiciais e, sendo assim, já não é mais caso de ciência mas sim de justiça. A Justiça decidiu que o Glifosato é uma coisa ruim e, portanto, não há mais o que ser discutido a esse respeito. É um caso encerrado, embora a maioria dos agricultores e cientistas de aluguel ainda se recusem a enxergar esse fato.
Não se aplica cerca de 450 milhões de toneladas por ano, durante décadas, no planeta de forma impune. Um dos preços que estamos pagando é a pandemia de casos de autismo pelo mundo à fora.
A ciência argumenta que correlação não prova nada. Mesmo quando essa correlação, como no caso, da Quantidade de Glifosato usada em Soja e Milho nos EUA X Casos de Autismo em crianças aos 6 anos de idade, seja de 0.997 ou 99.7% de certeza. Mesmo assim, diz a ciência, que isso não prova nada mas, por outro lado, recomenda que idosos fiquem em casa para se protegerem do vírus, baseados exatamente única e exclusivamente na correlação entre casos fatais de Covid-19 e faixa etária de idosos.
Mas então como é que funciona a ciência ? Ora a correlação pode e serve e ora ela não pode e não serve ? É assim ?
Ou seja, não passam de um bando de vigaristas, cretinos e hipócritas que usam o cientificismo todas as vezes que querem fazer valer os seus pontos de vista que geralmente estão sempre do lado da indústria. Nada mais e nada menos.
O fato que procuram encobrir é que, o glifosato, pelas suas qualidades quelatizantes, consegue se ligar ao alumínio e ao fazer isso possibilita que o mesmo seja acumulado no cérebro das crianças, com a contribuição das dermatologistas heliofóbicas ao recomendarem o uso de protetores ou bloqueadores solares, nos quais o alumínio é parte integrante das suas composições. Talvez seja devido a esse fato que níveis elevados de alumínio sejam encontrados em cérebros de crianças autistas.
Também é bastante conhecido o fato de que inúmeras crianças demonstraram sintomas do chamado Transtorno do Espectro Autista ( TEA ) logo após terem sido vacinadas. O alumínio também é um ingrediente de vários tipos de vacinas.

Fig 2. Correlação entre a quantidade de glifosato aplicado em Milho e Soja nos EUA e a quantidade de crianças autistas aos 6 anos de idade. Grau de ajuste da curva = 99.7%
Algumas previsões feitas em cima do aumento de casos de autismo nos EUA, por exemplo, nos dão conta de que a incidência de autismo ou de TEA já atingiu proporções pandêmicas apesar do total descaso da OMS com relação a esse fato. Para que serve, ou então a quem serve a OMS ?
E, por ultimo, poderíamos citar outra grande pandemia que seria a Pandemia de Obesidade. Essa pandemia está de certa forma ligada a anterior uma vez que o glifosato faz o que ele foi projetado para fazer nas plantas, fungos e bactérias, ou seja, bloquear o ciclo do Shikimato, só que dessa vez no nosso intestino, e com isso, destruir o nosso microbioma intestinal composto de bactérias na sua grande maioria que também possuem a rota do shikimato.
Um estudo demonstrou que esse efeito do Roundup (Glifosato + adjuvantes) sobre o microbioma intestinal de ratos era sexo dependente, ou seja, os machos eram mais afetados do que as fêmeas (10). Coincidentemente, a incidência do autismo é 4 vezes maiores em meninos do que em meninas quando diagnosticados após os 4 anos de idade. Eu, particularmente, não acredito em coincidências.
Hoje em dia, é amplamente reconhecido o fato de que a variedade do microbioma intestinal humano determina se o indivíduo será magro ou gordo. Isso já não é nem mais matéria científica mas sim jornalística.
E o que a “ciência” médica recomenda para esse problema ?
Repovoamento da microbiota intestinal com microrganismos capazes de reverter essa situação, aliados a uma dieta mais diversificada ? Capaz.
Simplesmente a cirurgia bariátrica. Ou seja, continuam sempre a se concentrar nos sintomas e se esquecem das causas. Isso é típico da Medicina, da Veterinária e da Agronomia.

O Roundup ( glifosato mais adjuvantes ) em doses ambientais de 0,1 ppb já eram suficientes para causar disbiose intestinal e destruir os microrganismos que possuíam a via do EPSPS (5-EnolPyruvylShikimate-3-Phosphate Synthase) ( 11). Curiosamente o Roundup não destrói organismos como a E.coli por esse mesmo motivo, ou seja esses não possuem a rota do EPSPS.
A destruição do microbioma intestinal está ligada não somente a obesidade mas também a diabetes e a problemas imunológicos. Alguém já viu alguma nota da OMS chamando a nossa atenção para esse fato ? Eu não vi nenhuma.
Portanto, a imunidade humana e animal repousa maciçamente na saúde intestinal assim como a imunidade vegetal está intimamente ligada a diversidade e quantidade de microrganismos da rizosfera.
Toda a nossa atenção deve estar voltada a fatores que possam contribuir para o aumento da nossa imunidade, que passa pela manutenção da diversidade do microbioma intestinal, inclusive com a adição dos chamados esporobióticos como o Bacillus subtilis var. Nattô, Bacillus clausii e Bacillus coagulans entre outros, do consumo de alimentos orgânicos ou reconhecidamente isentos de Glifosato e pelas constantes exposições ao sol ainda que por curtos períodos de tempo ( 10 a 15 minutos ) sem permitir que a pele fique vermelha para aquelas pessoas de pele clara e um período um pouco maior para as pessoas de pele escura, em períodos de maior incidência de UVB, ou seja das 10 as 14 horas ( 1 ).
Para aumentar a ativação da Vitamina D3 é também aconselhável o consumo de alimentos ricos em sulfato como as crucíferas, ovos, peixes ou até mesmo pequenas doses do laxante sal amargo ( sulfato de magnésio ). A sulfatação da Vitamina D3 e quase tão importante quanto a sua ingestão de forma regular.
José Luiz M Garcia
Instituto de Agricultura Biológica
Referências
- Holick, Michael F ( 2010) The Vitamin D Solution, Hudson Street Press, Penguin Group, New Yor, N.Y., 309 pgs.
- Garcia, J.L.M. ( 2017 ) Conhecimento, Ciência e Ditadura Científica, https://institutodeagriculturabiologica.org/2017/05/17/conhecimento-ciencia-e-ditadura-cientifica/
- Garcia, J.L.M. ( 2020 ) A Ditadura da “Evidência Científica” ,https://institutodeagriculturabiologica.org/2020/03/13/a-ditadura-da-evidencia-cientifica/
- Ioannidis, J.P.A. ( 2005 ) Why Most Published Research Findings Are False, PLoS Medicine, August 2005, Volume 2 ( 8 ) : e124, doi:10.1371/jornal.pmed.0020124, http://www.plosmedicine.org
- Byrne, Declan (2020) Vitamin D may help build resistance to respiratory infections, including COVID-19,Trinity College, Dublin, https://www.tcd.ie/news_events/articles/vitamin-d-may-help-build-resistance-to-respiratory-infections-including-covid-19/
- Laird, Eamon & Rose A Kenny (2020) Vitamin D defficiency in Ireland – Implications for COVID-19, Results from the Irish Longitudinal Study on Ageing (TILDA ), Irish College, Dublin,https://tilda.tcd.ie/publications/reports/pdf/Report_Covid19VitaminD.pdf
- Isaia, Giancarlo & Enzo Medico (2020) Possibile ruolo preventivo e terapeutico della Vitamina D nella gestione della pandemia da COVID-19 , Universitá degli Studi di Torino, Italia, file:///Users/macbook/Downloads/Ipovitaminosi_D_e_Coronavirus_25_marzo_2020.pdf
- Garcia, J.L.M. ( 2017) GLIFOSATO, https://institutodeagriculturabiologica.org/2017/01/19/glifosato/
- Garcia, J.L.M. ( 2017) Glifosato – Um caminho para as doenças modernas ?, https://institutodeagriculturabiologica.org/2017/03/24/792/
- Losano, et all ( 2018) Sex-dependent impact of Roundup on the rat gut microbiome, Toxicol. Rep., 2018; 5:96-107, doi: 10.1016/j.toxrep.2017.12.005
- Robinson, Claire & Michelle Pero, M.D. (2020) Glyphosate and Roundup Disrupt Microbiome by inhibiting the Shikimate Pathway, GMO Science, https://www.gmoscience.org/glyphosate-and-roundup-disrupt-the-gut-microbiome-by-inhibiting-the-shikimate-pathway/
Maravilhosa explanação top
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Parabéns e obrigado por trazer o tema e todas essas informações importantes professor!
Há uns 3 anos eu e minha família suplementamos algumas vitaminas e minerais (B12, D3, Zinco, Magnesio) além do cuidado com o intestino (kefir).
Dificilmente precisaríamos desta suplementação caso todos os alimentos consumidos fossem cultivados de forma biologicamente saudável, elementos equilibrados, remineralizadores e biológicos.
Feliz páscoa!
Saúde e paz!
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E o mais importante de tudo. É preciso que voltemos a ter contato com a Natureza.
Fazer refeições ao ar livre. Fazer Piquenique. Dar chance que as bactérias e leveduras
que se encontram no meio ambiente tipo B. subtilis e Sacharomyces boulardii começem
a fazer parte da nossa flora intestinal.
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Dr. Vinagre o senhor poderia nos explicar porque há destruição do microbioma intestinal no diabético e no obeso.
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Bom Dia
Posso sim. Essa é uma boa pergunta, porém fácil de explicar.
Pra início de conversa é preciso que se diga que a destruição da flora intestinal não ocorre
SOMENTE nos diabéticos e nos obesos.
Ela ocorre em todos nós.
Porém, em algumas pessoas , talvez devido ao maior grau de exposição,
ela consegue desenvolver a diabetes, a obesidade e até os dois juntos.
Como vcs sabem o microbioma intestinal é composto na sua grande maioria de bactérias.
Existem algumas leveduras mas a maioria é bactéria.
Grande parte dessas bacterias possuem a mesma rota bioquímica que as plantas , ou seja a Rota do Ácido Shikimico,
também chamada de Rota do Shikimato, que é uma rota do metabolismo secundário das plantas mas
que também é encontrada na maioria das bactérias ( não em todas – E.coli por exemplo não tem ).
Essa rota é a que irá produzir alguns amino ácidos essenciais como o TRIPTOFANO, TIROSINA e FENIL ALANINA.
O GLIFOSATO, em uma determinada fase dessa Rota Bioquímica, interfere e bloqueia uma determinada
enzima específica, chamada de EPSPS, e com isso, impede que esses amino ácidos essenciais sejam sintetizados.
Nas plantas isso já é suficiente para mata-las e isso acontece igualmente com as bacterias que dependem
dessa via bioquímica.
A carência desses três animoácidos essenciais devem estar na base da origem de tudo. Mas não só isso.
No caso dos obesos já sabemos que eles tem uma flora intestinal menos diversa, ou seja, possuem menor
quantidade de tipos de bactérias intestinais. E cada tipo de bactéria sintetiza uma gama diferentes de compostos
necessários a nossa nutrição.
Implantes fecais de ratos saudáveis magros em ratos obesos demonstraram ser possível reverter a obesidade,
assim como implantes fecais de ratos obesos causar a obesidade em ratos saudáveis magros.
Isso já está bem estabelecido.
Na diabetes outros mecanismos estão envolvidos. A Dra Stephanie Seneff foi uma das que mais se dedicou a esse
assunto, mas tem sempre a presença do GLIFOSATO como causa para esse problema via destruição da flora
intestinal.
Abs
Jose Luiz
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