Manejo Biológico de Mato

7 comentários sobre “Manejo Biológico de Mato”

  1. Olá Sr. José Luiz, a embrapa disponibilizou uma nova tecnologia de análise/recomendação (http://www.specsolo.com.br/). Gostaria de saber do senhor se por essas análises consigo aplicar o método Albrech e as análises desse modelo são confiáveis.

    Obrigado, admiro muito seu trabalho.
    André Berti
    Eng. Florestal

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    1. Caro Andre Berti,

      Eu conheço muito pouco sobre aquele método para poder emitir uma opinião melhor sobre o
      mesmo.

      Para que essa tecnologia possa ser usada no Método Albrecht ele teria que levar em conta o fator de extração
      que William Albrecht usava com o acetato de amônia.

      Entretanto, não se trata de ter ou não ter um método como eles descrevem “não destrutivo
      ou não invasivo “. Isso aqui não é Medicina.

      Todo e qualquer método de analise de solos usado até o momento já é suficientemente preciso
      para determinar as quantidades dos minerais existentes no solo. Pequenas variações entre um
      e outro são totalmente desprezíveis.

      Ou seja, não se trata de precisão de análise pois não estamos enviando um foguete a Lua.
      Estamos propondo uma correção do solo, muitas vezes com uma analise para 20 hectares ou até mais.
      Isso multiplicado por 20 ou 30 cm de solo agricultável e estaremos falando de milhares de toneladas
      de solo.
      Perguntar não ofende : Que diferença faria um kilo de alguma coisa em milhares de toneladas ?
      A menos que esse kilo fosse de alguma substancia extremamente tóxica o que não é evidentemente
      o objetivo desse novo método de analise da Embrapa.

      O problema não reside na precisão das analises mas sim na extração. Como ninguém até hoje foi uma
      planta,para dizer qual é o melhor extrator, tudo será sempre uma mera questão de opinião.
      Em outras palavras, todo extrator nada mais é do que um “chute” ou como dizem os americanos um
      “educated guess” e nesse caso um “chute educado “ou “chute erudito”, mas ainda assim um CHUTE.

      Além desse problema da extração temos associado a isso uma visão deturpada na interpretação dos resultados das
      analises. Se querem corrigir o solo baseado no pH do mesmo então toda essa precisão terá sido em vão.

      Deu para entender mais ou menos aonde reside o problema ?

      Portanto, não creio que esse novo método irá solucionar o problema porque não está indo diretamente
      ao ponto, ou seja, tentar colocar as bases trocáveis no seu devido lugar , sem contar com o fato de que ainda por cima
      trata o solo como uma entidade puramente química, o que hoje sabemos ter sido um erro que começou em
      1840 com Justus Von Liebig.

      Já está mais do que na hora de começarmos a tratar o solo como uma entidade fisico-quimica-biológica.

      Saudações

      José Luiz M Garcia

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  2. Boa noite, Dr. José Luiz M Garcia. Sou Roberto Pereira Lima, agrônomo com 35 anos de fomado em Jaboticabal. Lendo suas publicações, sei que você sabe que todo o conhecimento agronômico que tive foi baseado em fórmulas e conceitos ultrapassados. E como tudo na vida tem seu tempo, demorei muito tempo para perceber que tinha que fazer uma agricultura pró-vida, o que era totalmente o oposto da agricultura pró-norte que apreendi. E faz só dois anos, que estou experimentando a agricultura sustentável que nasceu lá em Mineiros-GO. Eles pregam o uso da multiplicação microbiológica “on farm”, uso de revitalizadores de fertilidade (pó de rocha) e, uso de mix de sementes para formar palhada e, erroneamente chamado de adubação verde. Só que ainda usam herbicidas, por não terem nenhuma outra técnica para o controle do mato. Por favor, o que o senhor acha da agricultura sustentável e o que o senhor recomendaria a um agricultor que quer virar um “Glifosate free” ?

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