Uma poderosa ferramenta da Agricultura Biológica
Foi em 2000 que eu, pela primeira vez, tomei conhecimento dessa poderosa técnica da Agricultura Biológica. A conheci por intermédio da Dra Elaine Ingham que a desenvolveu e a divulgou pelos Estados Unidos, Canadá, Holanda e Australia.
Hoje, pouco importa quem tenha sido o pai/mãe da idéia mas o fato é que foi a Dra Elaine quem mais a estudou, avaliou e a divulgou, e eu tive o prazer de fazer seu curso em 2002 em Indianapolis durante uma das Conferências da ACRES USA ( 1 ) e adquirir essa técnica diretamente da sua grande incentivadora .
Naquela época, e ainda hoje, no Brasil os agricultores orgânicos estavam maravilhados com os chamados “biofertilizantes”, que são preparações mal cheirosas e potencialmente perigosas, sob o ponto de vista de saúde humana, e com uma diversidade microbiológica bem mais reduzida que o Compost Tea, e cujo único mérito talvez seja o de agregar micro nutrientes tão em falta nos nossos solos e tão negligenciados pela agricultura convencional.
Esse aporte aleatório de micro nutrientes proporcionado pelos biofertilizantes, de fato, melhorava as culturas principalmente no que diz respeito ao aumento da sanidade das plantas contra doenças e pragas, fato esse que é hoje em dia comprovado cientificamente ( 2 ) e isso, na época, era atribuído a um estado de sanidade vegetal quase mítico denominado de “trofobiose”, o qual não era possível de ser explicado pelas idéias tão simplistas e simplórias de Francis Chaboussou, que conseguiu a façanha de ser o autor de um único livro, mas que já foi “re-escrito” após a sua morte umas outras tantas vezes e sempre com um título diferente, como é o caso da mais recente e requentada edição clonada e intitulada “Healthy Crops- A New Agricultural Revolution” na sua versão da lingua inglesa.
Esse livro publicado em 2004, é uma edição em inglês do único livro que Chaboussou escreveu na sua vida cujo título foi “Les Plants Malades des Pesticides” publicado em 1985, mas que nessa re-edição, clonada e requentada em inglês, não faz nenhuma menção sequer a esse fato e consegue uma outra façanha, qual seja de ter o primeiro prefácio de livro psicografado que eu conheço, posto que o referido prefácio foi escrito por um ex-ministro do Collor, José Lutzemberger, em 2004, sendo que essa mesma pessoa faleceu em 2002. Portanto, deve ter psicografado esse prefácio dois anos após a sua morte. Uma façanha digna da Fundação Gaia.
Tendo esse livro como a sua principal “bíblia”, secundado pelo também tradicional “Manejo Ecológico do Solo”, de Primavesi, onde se pode ler , entre outras pérolas, que “a matéria orgânica não tem valor para os solos tropicais (sic) e sub tropicais“, ou que “as substâncias chamadas de ácidos humicos não são solúveis na água, mas de decomposição relativamente fácil (sic)” e conclusões como “a formação de humus ( em climas tropicais) é quase impossível (sic)” , e onde a autora consegue errar duas vezes em uma única e pequena frase, não seria de se admirar que o movimento orgânico não conseguisse deslanchar e se desenvolver a contendo no nosso país.
Faltavam autores que realmente conseguissem explicar como a Natureza de fato funcionava no que se refere ao cultivo das plantas. E isso nós já tinhamos em outros países como a Alemanha e os Estados Unidos. Porém, o viés politico ideológico que dominava (e ainda domina), não só a mídia mas também a míope academia brasileira, impediam que as idéias de outros autores fossem introduzidas aqui no Brasil.
Somente aqueles autores que recebiam o “imprimatur” da intelectualidade de esquerda eram considerados confiáveis como Chaboussou, Primavesi, Julius Hensel, etc…
A única e honrosa exceção a essa regra ficou a cargo de Rudolf Steiner e outros autores biodinâmicos devido ao trabalho dos seus discípulos e admiradores da Antroposofia aqui no Brasil.
Vivíamos o que eu chamo de “pré-história” da agricultura orgânica. A idéia geral era a de substituição de insumos. Era quase como se quisessemos fazer uma “errata” da Agricultura Convencional. Pensavamos estar “corrigindo” a agricultura convencional ao adotar-mos uma Errata Agrícola.
Ou seja, onde se lê : Nitrogênio, leia-se Torta de Mamona, onde se lê: Potássio, leia-se Pó de rochas, onde se lê: Inseticidas, leia-se Óleo de Neem, onde se lê Fósforo Solúvel, leia-se: Fosfato Natural, onde se lê: Fungicida, leia-se Calda Bordaleza, e assim por diante. As certificadoras sem dúvida tiveram a sua parcela de culpa nessa visão distorcida da realidade.
O problema maior era quando chegávamos em itens como Herbicida ou Nematicida pois não havia nada no universo orgânico que os substituíssem. Pequenos manuais de receitas caseiras foram publicados por autores bem intencionados, porém ingênuos e até pueris, por acharem que uma verdadeira agricultura orgânica se faz com substituições de insumos e com receitas caseiras, mas logo percebeu-se que não era dessa maneira que a Natureza funcionava.
Infelizmente, essa tendência de se escrever e publicar cartilhas sobre agricultura orgânica as custas de dinheiro público, com desenhos e linguagem pueril, se manteve nos últimos 20 anos. Esse tipo de procedimento não é somente reprovável e repreensível, como também presta um grande desserviço aos agricultores por tratá-los como se fossem verdadeiros débeis mentais.
Esse modêlo dava certo em pequenos lotes, geralmente de hortaliças, o que no Brasil, ainda é uma realidade, e gerava produtos com aspectos aquém da qualidade exigida pelos consumidores, o que emprestou aos produtos orgânicos a sua já tão conhecida reputação de feios, abaixo do padrão e caros.
Aqueles agricultores familiares orgânicos por negligência ( organic by default ) contribuíram ainda mais para essa má reputação do aspecto ruim dos produtos orgânicos, o que gerava, e ainda gera, a já tão conhecida reação dos consumidores de : “Porque eu vou pagar mais por um produto desses tão feio” ?, e que só sustenta esse mercado graças ao terrorismo ( até certo ponto justificável ) que é feito pelos produtores orgânicos com relação ao medo do público aos agrotóxicos. A contaminação generalizada e universal pelo Glifosato até justificaria esse terrorismo.
Entretanto, esse mesmo tipo de terrorismo é exercido pelos fabricantes de venenos agrícolas e autoridades regulatórias para justificar o emprego de agrotóxicos ao acenam com o espectro da fome, o que já sabemos ser uma grande falácia.
Durante essa pré-história (e esse fato se estende mais ou menos até os dias de hoje) os agricultores orgânicos queriam fazer uma agricultura de substituição de insumos. Ou seja, trocar o seis químico pelo meia dúzia orgânico.
Culturas de Cobertura eram chamadas de “Adubação Verde” ou seja, naquela visão distorcida da realidade as plantas de cobertura só serviam a um único propósito, isto é, serem transformadas em adubo. Até hoje, culturas de cobertura são incorporadas no solo com o objetivo de se transformarem em “adubo”.
Não se tinha visão de que as culturas de coberturas além de protegerem o solo contra a insolação, a chuva, o vento, diminuir a temperatura do solo, conservar a umidade e com tudo isso propiciar o desenvolvimento de comunidades microbianas vigorosas, também ajudavam essas mesmas comunidades microbiológicas por excretarem uma grande quantidade de exudatos radiculares compostos de açucares, amino ácidos e ácidos graxos.
Ao fazer isso, com o maior desenvolvimento de raízes propiciavam o desenvolvimento de uma rizosfera vibrante constituida de bactérias de vida livre, bactérias simbióticas, bem como de fungos micorrizicos que produzem constantemente GLOMALINA uma molécula recalcitrante que perdura no solo por dezenas de anos e que ajuda bastante na formação dos agregados de solo, outro componente da fertilidade do solo.
E que todo esse elaborado processo pode ser chamado de qualquer coisa menos de “adubo”. Adubo significa abono. Tem outra conotação e, de fato, tanto não define o efeito protetivo e regenerativo das culturas de cobertura, quanto dificultam o entendimento do seu verdadeiro significado.
A utilização do chamado “Composto Orgânico” , que na época, e até mesmo ainda hoje, poucas pessoas sabiam da sua real finalidade, era visto como um insumo miraculoso, mas também era “decomposto” aos seus teores de N,P e K na hora de se fazer as contas e de se decidir por sua utilização em um manejo orgânico.
Eu tive a oportunidade de explicar o que vem a ser um composto de qualidade, isto é, que tenha microvida suficiente para ser usado como inoculante, em outros artigos que podem ser lidos nesse mesmo blog ( 3, 4).
Outros autores como o Prof. David Johnson da New Mexico State University ( 5 ), além é claro da Dra Elaine, também tiveram a oportunidade de esclarecer o que vem a ser um composto de qualidade, qual seja conter uma grande diversidade de comunidades microbiológicas destinadas a regenerar a fertilidade perdida do solo.
Desde que começei a me interessar por métodos agrícolas alternativos que eu tenho observado uma admiração que beira a religiosidade pelo composto orgânico aeróbico que não se justifica. Na Natureza temos tantos processos aeróbicos como anaeróbicos e ambos são muito interessantes e podem ser usados em nosso benefício.
Porém, se quisermos fazer Compost Tea vamos ter que usar o Composto Orgânico aeróbico de qualidade e o conselho que eu dou a todos que querem fazer um Compost Tea com qualidade é a de que usem o Vermicomposto ( Humus de Minhoca) até que tenham atingido um estágio tal de maestria na fabricação de composto que lhes permitam usar o tradicional composto orgânico aeróbico rico em micro vida.
A critica que a Dra Elaine faz ao Vermicomposto é a de ele tem mais bactérias do que fungos, ou seja, é um composto predominantemente bacteriano. Ela até se dá ao trabalho de explicar como se faz um composto aeróbico “equilibrado” para fins de utilização para Compost Tea, porém é trabalhoso, demorado e dependendo de quem faz, nem sempre dá bons resultados. Um ex-aluno dela que veio ao Brasil protagonizou recentemente um grande fiasco na região de Tangará da Serra em MT ao tentar fazer o tal de “composto equilibrado”.
Fazendo o seu próprio composto equilibrado para ser extraído
Eu desenvolvi o meu próprio método que consiste em usar de 5 a 10% de farelo de arroz ( o preferido, mas que pode ser substituído por farelo de trigo ou de aveia) misturado ao Humus de Minhoca ( Vermicomposto ) , ligeiramente umedecido ( não exceder a 30% de umidade ) e colocado em um saco plástico. Espera-se o período de uma semana para que os fungos cresçam e tenham tempo de colonizar todo o composto formando um bloco sólido que as vezes até precisa ser destorroado antes de ser usado no tanque de compost tea. Essa seria, então, a primeira receita, ou seja, de como transformar um composto bacteriano em equilibrado entre fungos e bactérias em apenas uma semana.
Condições aeróbicas durante todo o processo
Para se fazer um Compost Tea vamos precisar de um tanque de extração e de multiplicação. Na internet você irá ver um grande número de projetos mas, na minha opinião, os que se prestam melhor a essa tarefa seriam os que usam os insufladores de ar tipo ventoinhas, como por exemplo BUSCH modelo SB0050 ou SI 0045 ou similar, e que sejam capazes de insuflar ao redor de 90 a 150 m3 de ar / hora, para que as condições sejam francamente aeróbicas, isto é, que tenham níveis de Oxigênio acima de 6 ppm, para tanques de 1000 a 2000 litros de água.
Formatos redondos facilitam a boa limpeza que deve ser bem feita para evitar a formação de biofilmes de organismos anaeróbicos que poderão interferir nas suas extrações futuras. Essa foi a principal razão do insucesso dessa técnica aqui no Brasil pois começamos usando bombas centrifugas que somente são boas para a multiplicação de bactérias mas que também são de difícil limpeza e exigem que o composto seja contido dentro de um recipiente de tela para evitar o entupimento da bomba.
De maneira alternativa pode-se usar também aqueles oxigenadores para tanques de peixe que agitam adequadamente a mistura e fornecem ar suficiente para a manutenção de condições aeróbicas.
Resumindo: Condições aeróbicas, agitação adequada e projeto fácil de limpar após a utilização do Compost Tea.
Eu pessoalmente prefiro colocar o composto diretamente na agua e depois do fim do ciclo filtrar ou coar dependendo do uso que se queira dar, ou seja, rega ou pulverização, mas há quem o coloque dentro de sacos de telas plásticas com menos de 500 micras, geralmente 200 micras.
O tempo de extração deve ser de no mínimo 24 horas. Recomenda-se não elevar o nível do liquido até muito próximo a borda dos tanques porque a multiplicação principalmente das bactérias produz uma grande quantidade de espuma que poderá ser diminuída com o uso de anti espumante ou até mesmo de óleo vegetal. Essa grande produção de espuma pode fazer transbordar .parte do conteúdo da solução e isso não é interessante
O que adicionar para fazer o Compost Tea
O composto é o principal ingrediente. E a quantidade vai depender muito da qualidade do composto. Quanto melhor usa-se menos composto, mas com aquela mistura de Humus de Minhoca com farelo de arroz, umedecida e fermentada por uma semana, a quantidade de 20 gramas por litro já são suficientes.
No início o melaço era o nutriente preferido de quem fazia Compost Tea, porém após algum tempo a Dra Elaine passou a desaconselhar o uso do melaço. Eu, entretanto, discordo dessa recomendação e creio que o nivel de 1% é adequado e suficiente. Então, 1% de melaço liquido.
Depois três outros ingredientes você vai encontrar em 90% das receitas de Compost Tea. São eles o Acido Húmico, Kelp ( extrato de Ascophyllum nodosum) e Hidrolisado de Peixe.
Com relação ao hidrolisado de peixe procure algum produto feito por fermentação a baixas temperaturas e que utilizem de preferência um processo enzimático eficiente para que o produto possa ser utilizado principalmente pelas bactérias. A quantidade vai depender da qualidade do produto mas geralmente de 1 a 2 ml por litro de agua já seriam suficientes.
Acido húmico liquido usa-se também de 1 a 2 ml por litro e Kelp 1 ml por litro de agua.
Ultimamente eu tenho usado também um pouco de Pellets de Alfafa na dose de 5 a 10 gramas por litro.
Os ingredientes acima mencionados foram os nutrientes que tanto a pesquisa quanto o uso continuado por centenas de produtores demonstraram ser os melhores para multiplicar tanto bactérias quanto manter os fungos em suspensão até serem adicionados ao solo ou a lavoura.
Evitem o uso de outros ingredientes que não serão usados pelos microrganismos em um espaço de tempo curto como 24 horas como por exemplo pós de rocha, fubá, farelos de qualquer natureza, ou qualquer outro ingrediente mais exótico. Essas escolhas realmente não são muito inteligentes.
Após um ciclo de 24 horas as bacterias terão se multiplicado enquanto que os fungos serão adequadamente extraídos pois o ciclo de 24 horas não permite a sua multiplicação adequada. Essa solução será rica em acidos humicos, reguladores de crescimento, e terá a nutrição natural e suficiente tanto para as plantas quanto para inocular o solo com a necessária microbiota.
Como toda arte, só se desenvolve e se aprofunda o conhecimento com a repetição, ou seja fazendo e repetindo por várias vezes.
É a forma mais democrática de se adicionar a microvida contida no composto de qualidade em grandes áreas, que de outra maneira não seria possível ou seria financeiramente viável.
Desejo a todos uma boa extração e uma boa fermentação.
José Luiz M Garcia
Instituto de Agricultura Biológica
Fevereiro de 2019
Referências
- Ingham, E. ( 2002 ) Improving Soil & Foliar Foodwebs – A Practical Approach, December, Acres USA Conference, Indianapolis, Indiana.
- Datnoff, L.E., Elmer, W.H & Don Huber ( 2016 ) Mineral Nutrition and Plant Disease, The American Phytopathological Society, Saint Paul, Minnesota, USA, 278 pgs.
- Garcia, J.L.M.( 2016 ) Composto Orgânico – Uma Abordagem Crítica, https://institutodeagriculturabiologica.org/2016/06/16/composto-organico/
- Garcia, J.L.M. ( 2018 ) Composto ou Humus ?, https://institutodeagriculturabiologica.org/2018/12/11/composto-ou-humus/
- Johnson, David ( 2018 ) Compost for Soil Regeneration, Johnson-Su Composting Bioreactor, https://regenerationinternational.org/bioreac
Poderia informar algum fornecedor de Kelp, ácido humico e hidrolisado de peixe nesses padrões de produtos sugeridos para utilizarmos aqui no Rio Grande do Sul ou o que estiver mais próximo?
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Bom Dia
Existem vários fornecedores de Kelp no mercado que trabalham com um produto genuíno e honesto.
Algasol, Sea Crop e Nutrikelp.
Já o mesmo não acontece com os Hidrolisados de Peixe.
Como fui eu quem desenvolveu essa tecnologia em 2000 e a transferiu nessa mesma época aos fabricantes desse produto,
aqui da região Leste, eu posso garantir que eles pararam no tempo.
Uns trabalham com peixe de agua doce que comem ração que basicamente é feita de milho e soja
e que, portanto, não tem a mesma riqueza mineralógica que o pescado marinho.
No Norte do país tem uma fabrica que usa peixe de agua doce e que usa a hidrólise acida o que é uma tecnologia
sabidamente inferior a tecnologia que eu desenvolvi que se vale da fermentação e da hidrólise enzimática, tudo à baixa
temperatura que preserva vitaminas entre outras moléculas..
A Agrobiologica desenvolveu, com a minha ajuda, uma nova tecnologia que aumenta muito a hidrolisação do
pescado resultando em um produto com um maior teor de amino ácidos.
Agora com relação aos acidos humicos a questão é realmente calamitosa porque como não temos laboratórios que os
analisem aqui no Brasil existe uma gama muito grande produtos desonestos no mercado.
Um verdadeiro caso de polícia.
Nesse caso se for comprar em grande quantidade eu sugiro entrar em contato com o importador desse produto.
Caso contrario, a Coda, Agrobiologica, e uma outra empresa mexicana são fontes confiáveis.
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Boa tarde, mais um ótimo artigo muito esclarecedor.
Esses dias eu estava lendo um artigo do Graeme Sait e ele citou um produto chamado Dominate-F, que deve ser colocado no final da fermentação do compostea para garantir a “dominancia” de fungos no fermentado, do que será que se trata esse produto? Temos algo similar no Brasil?
Segue abaixo o link do produto: https://shop.nutri-tech.com.au/products/dominate-f
Muito obrigado
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Oi Fábio,
O Graeme Sait é muito meu amigo e é uma excelente pessoa, mas ele não gosta de “colocar azeitona na empada “de ninguém.
No rótulo ele menciona apenas o pH que é de 4.5 a 5.4 e SG que seria 1.2. O que seria SG ? Não sei.
Cheguei até a olhar o rótulo do outro produto que ele tem, e que supostamente atenderia as necessidades das bactérias, mas também
mencionava “SG”, que eu não sei o que significa. “S” de Soluble ? Soluble o que ?
Uma coisa eu posso te assegurar, não é colocando alguma coisa, ou o que quer que seja, no final do ciclo da fermentação
do Compost Tea que alguém vai “aumentar” a quantidade de fungos naquela determinada batelada de CT.
Por que eu sei disso ? Por que a maior autoridade no cultivo de fungos em meio liquido do ARS-USDA não consegue cultivar
fungos em meio liquido em menos de 5 a 7 dias.
Portanto, não será em algumas horas que alguém irá conseguir tal façanha. Fungo não é bactéria que tem aquela velocidade de
crescimento toda. Eles estão, biologicamente falando, abaixo das plantas e acima das bactérias e também dos protistas ou
protoctistas. Ou seja estão mais longe das bactérias do que das plantas biologicamente falando.
A Embrapa até enviou dois pesquisadores brasileiros para fazer um ano de estagio no laboratório desse pesquisador do ARS-USDA
porque esses dois pesquisadores descobriram que podiam reproduzir fungos em meio liquido aerado usando como meio de cultura
o farelo de algodão em pó fino.
Por que farelo de algodão ? Eu desconfio que seja porque os fungos gostam muito de óleos e gorduras. Razão pela qual o Hidrolisado
de Peixe funciona tão bem para o crescimento de fungos. Hidrolisado de Peixe tem óleo de peixe. Fungo adora esse alimento.
Outro alimento que eu garanto que fungos adoram seria os ácidos humicos de alto peso molecular ou até as huminas.
Talvez algum tipo de Goma ( seria esse o misterioso G ) ? Qual a GOMA também não sei. Mas existem inúmeras gomas que seriam solúveis.
Baseado única e exclusivamente no meu chute eu diria que SG seria alguma Goma Solúvel. Aceito sugestões. Alguém se habilita ?
Mais um chute: Poderia ser uma gelatina a 1.2 %.
Essa goma solúvel beneficiaria tanto as bactérias quanto os fungos no sentido de mantê-los vivos por mais tempo
e não aumentando o numero de propágulos de fungos já que não existiria tempo hábil para isso.
Vou pensar mais a respeito disso. Você conseguiu despertar a minha curiosidade.
Obrigado
Jose Luiz
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Muito obrigado pela resposta, eu também tinha pensado algo parecido, menos a parte da goma, não sabia que era bom pra microorganimos. Dei mais uma olhada no site, o Graeme também tem um Dominate-B, que é bom para bactérias, tem ph 12,7-13,7, e SG:1…esse é o rótulo do produto: http://www.nutri-tech.com.au/factsheets/dominate-b.pdf.
O aumento do pH faz sentido para bactérias, certo?
Ele também tem uma tecnologia para extrair melhor os fungos do composto usado de inóculo: http://www.nutri-tech.com.au/factsheets/compost-tea-spear-kit.pdf.
Também já ouvi de alguns microbiologistas que os fungos demoram alguns dias para se reproduzir, mas no rótulo do dominate-f esta escrito que incrementa a contagem de fungos…muito curioso… Segundo o rótulo, ele deve ser usado com outro produto, o Liquid Microbe Food….
No rótulo também diz que diminui as chances de contaminação do fermentado, e aumenta a estabilidade, será que esse produto contém biocarvão micronizado?
Abraços
Fábio Ribeiro
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A goma serviria mais como estabilizante. Não creio que aumente a contagem no final do ciclo mas que possa contribuir sim para a contagem não diminua tanto após o processo de multiplicação ( aeração + agitação ) for desligado.
Sim, as bactérias gostam mais do pH alcalino e fungos de pH mais acido.
A tecnologia para extração dos fungos do composto é boa mas a melhor que eu conheço e a do fabricantes do GEO TEA. Dê uma olhada nesse projeto: https://www.youtube.com/watch?v=WeAOd8QsZfs
Eu escrevi pro Graeme vamos ver o que ele diz
Abs
Jose Luiz
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Olá!
Vi a sigla SG recentemente, ao comprar um refratômetro. Será que pode ser apenas gravidade (ou densidade) específica?
Abraço
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Eu creio que sim. Specific Gravity.
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Muito boa a sua abordagem, gostaria de saber se tem um fornecedor de Kelp e de pellets de Alfafa para me indicar
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Obrigado
Fornecedores de Kelp
Nutr-I-Kelp – Agrobiologica
Algasol – Jaraguá Ind. Químicas SA
Sea – Crop – fabricante ?
Com relação a alfafa ainda não tenho nenhum fornecedor bom.
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Olá, é possível fazer o compost tea em pequenas quantidades???
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Boa Tarde
Claro. Sim é possível.
Eu recomendo a vc dar uma olhada na intermet e tentar achar em um dos muitos projetos, um que mais se adapte
as suas necessidades. Caso tenha alguma dúvida me escreve.
Mas resumindo o assunto, eu faria um pequeno fermentador com o sistema vortex embutido que pode
ser feito ou com uma bombinha de aquário ou até mesmo, e melhor ainda, com uma bombinha de maquina de
lavar roupa, que nova custa menos de 30 reais ( Brastemp please hehehe) e usada por volta de 20 reais.
Vai precisar de um balde de 20 litros ( ou maior ) e tubulação flexível. O total não deverá custar mais que 100 reais.
Você até que me deu uma boa idéia qual seja fazer um projeto desses e depois fazer um video para postar
aqui ou no YouTube.
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Seria incrível fazer alguns videos demonstrativos!!!
Eu não sou agricultor, nem mesmo formado na área, sou apenas um admirador de toda cultura orgânica.
Tento aplicar essas técnicas na minha pequena hortinha no quintal!!!
Abraço!!!
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Está nos meus planos. Em breve teremos vídeos sobre essa e outras práticas.
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Boa tarde!!!! Você fez o video? tenho uma hosta pequena e gostaria de testar em pequenas quantidades. Podemos trocar e-amil
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Existem inúmeros vídeos na net. E , cá entre nós, não é “um bicho de sete cabeças ” fazer Compost Tea só que eu já tive a oportunidade de explicar um milhão de vezes que o extrato de composto é melhor que o Compost Tea.
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Boa tarde! Sou extensionista na EMPAER-MT e gostei muito do nível de informação do seu site. O Sr comentou sobre vídeos no youtube. Qual é o seu canal?
Abraço!
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Caro Lucas,
Por enquanto não tenho canal mas esse é um projeto que vem se materializando já há algum tempo
e chequei a conclusão que eu não posso mais adiar.
O que eu não quero é fazer alguma coisa muito mambembe e primaria como tudo o que eu tenho visto
até agora na internet, por isso eu vou adiando o projeto.
Tem que ser vídeos enxutos com o mínimo de conversa possível e com o máximo de informação.
Abraços
Jose Luiz
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Prof otimo artigo
Mt interessante
Sou estudante de agronomia
Por onde posso entrar em ctt com vc
Tenho algumas duvidas
Obg
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Como vai.
Por favor escreva para drvinagrephd@gmail.com
Abs
Jose Luiz
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Escreva para drvinagrephd@gmail.com
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Bom dia professor, muito esclarecedor o artigo. Li o manual da Elaine Inghan, e achei esses dois materiais bem coerentes. Mas tenho uma dúvida: se eu for fazer aplicações quinzenais ou semanais de compost tea, existe o risco de estressar as plantas de alguma maneira? Por excesso de bactérias ou metabolitos secundarios , na folha ou mesmo na raiz? Sei que tem recordistas mundiais de produtividade de usando essa ferramenta (compost tea) nessa frequência, mas fiquei preocupado..
Outro dia vi um artigo da microgeo, que mostrava que o produto deles (que é outra coisa…fica mais tempo fermentando entre outros aspectos) se usado em demasia pode fazer com que as plantas percam produtividade por conta do estress causado pela grande quantidade de microorganismos sendo adicionados com frequência a lavoura. De certa forma as plantas dedicam muita energia a um estado de “alerta” a doenças e infecções, e assim dedicam menos energia a produção. Isso pode acontecer com o compost tea? ou mesmo com o EM?
Muito obrigado desde já
Abraço
Fábio Ribeiro.
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Olá Fábio,
O Compost Tea, feito com composto de qualidade ou como eu faço, com Vermicomposto
submetido a uma re fermentação anaeróbica com a adição de farelo de arroz e umedecido por 7 dias,
não apresentam bactérias nem patogênicas ao homem e nem patogênicas as plantas ou meio ambiente.
Não existe risco nenhum de você “estressar”a planta por vários motivos:
1. O ambiente ali é francamente redutor e não oxidante.
2. Você pode plantar qualquer planta diretamente em um composto puro
que contém quase o mesmo numero de bacterias e fungos ou até mais
e nada, absolutamente nada, vai acontecer. Exceto que as plantas vão adorar.
3. Engano seu, os recordistas usam CompostTea ao invés de água. Eles não regam as plantas com
água. Só regam com o Compost Tea. Eu conheço pessoalmente o John Evans. Ele tem 9 records
registrados no Guiness. Foi ele quem me disse isso.
Com relação a MicroGeo, o negócio é totalmente diferente:
I. O processo deles NÃO É AERÓBICO. Caso você ainda não saiba .
II. Por aeróbico subentendesse quaisquer condições que não garanta um mínimo de
6 ppm de O2. O deles não garante e sob essas condições você pode ter tanto o desenvolvimento
de organismos indesejáveis quanto de substâncias indesejáveis. O processo não é controlado.
III. E, ai sim, eles tem toda a razão quando dizem que esse material pode prejudicar as plantas pela
possibilidade de estressar as plantas devido ao excesso de substancias indesejaveis.
IV. Só não concordo com a explicação oferecida, i.e., as plantas “gastando energia para se defender
de um suposto ataque”e “estado de alerta”, etc…. Isso não acontece !
O que acontece é um excesso de bactérias indesejáveis assim como de substâncias indesejáveis,
que, ai sim, desviariam parte da energia disponível, mas mesmo assim eles partem do princípio que
todas as plantas tem o mesmo nível de energia disponível quando, hoje sabemos que nós podemos
manipular essa energia das plantas ( leia-se fotossíntese) a nosso favor com as práticas da agricultura biológica.
Quando o processo é natural e aeróbico (ou até mesmo anaeróbico mas controlado como no caso em que
se adiciona E.M.) isso não acontece.
Vai ai até uma dica para quem faz uso desse sistema MICROGEO. Se eles adicionassem E.M. aos tanques e
uma fonte de alimentação para as bactérias e fungos, como o melaço, isso não aconteceria.
Eu já apliquei até 50 litros por hectare de um multiplicado de Azospirillum com contagem de 10 elevado a 8 ou 9
(100 milhões a 1 bilhão) e não aconteceu absolutamente nada de anormal. Só o efeito esperado.
Também já apliquei ate 20 litros de E.M. com contagem de 100 milhões, que é bem superior as contagens dos
produtos comerciais que eu testei ( 300 células por ml), e não vi nenhum efeito negativo. Nesse caso eu estou
falando de E.M. puro como o produto comercial e não o sistema que eles chama de “ativado” quando se usa
menores quantidades do produto e se ativa com nova adição de melaço.
Esses organismos, quando no solo, vivem até terem substrato.
Quando o substrato acabar eles morrem e liberam nutrientes ou então se encapsulam.
Abs
José Luiz
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Estou aprendendo muito. Que significa E.M.?
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Abreviação de Efficient Microorganisms ou Microrganismos Eficientes.
Breve estarei repassando a vocês um método Coreano Estático de Multiplicação de MIcrorganismos Eficientes que vai deixar aquele método de colocar arroz no bambu no chinelo.
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Professor, boa tarde.
Duas questões.
Primeiro, está realmente complicado encontrar ácido húmico no mercado. Estou utilizando para pequenos testes então não compensa procurar a importadora. Como procederia nesse caso? O quantidade suficiente de ácido húmico não poderia ser provida pelo vermicomposto? Se é que realmente possui o quanto costumam dizer por aí… Entra outra questão sobre a qualidade dos ácidos húmicos pela via da extração química. Lembro-me de um dos webinars do John Kempf quando ele levantou essa questão, e se não me engano disse que em seus produtos não utiliza esse procedimento. Como procederia nesse caso da impossibilidade de encontrar o ácido húmico?
E como consequência entra uma segunda questão que venho refletindo: como avaliar a qualidade do compost tea? Com a prática creio que um sentido a mais aparece e ajuda nessa questão, mais quais outra seriam? Observação no microscópio ótico? O que acharia do cromatograma de Pfeiffer? Sua origem e a forma como foi desenvolvido talvez corroboram para uma tentativa de utilizar como avaliador do chá.
Grande abraço!
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Boa Noite
Você pode encontrar acido humico ( Humisolve ) facilmente em http://www.agrobiologica.com.br
Aqui em São Paulo a gente encontra acido húmico em qualquer revenda. Um produto chamado MOL é bem popular e conhecido.
Facilmente encontrado.
A melhor forma que eu conheço para avaliar um Compost Tea é usar o kit da microBIOMETER. A resposta é em microgramas/ml.
Excelente método. Hoje mesmo eu fiz três determinações em plena fazenda de café em Três Pontas. Fora isso só uma contagem
de placas.
Com microscópio você vai se divertir muito, mas não vai ter nenhum tipo de resultado quantificado. O mesmo é válido para Cromatograma
de Pfiffer. Totalmente subjetivo. Não vai te dizer nada.
Abs
Jose Luiz
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Obrigado!
Tomei por base o que encontrei na internet, aqui na minha região não encontro. O humisolve líquido consta no site que possui 10% de substâncias húmicas como agente complexante e fiquei na dúvida com relação a isso.
Com relação ao microbiometer, foi-me indicado, obrigado pela confirmação.
Abraços.
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Boa Noite,
Qual seria a sua dúvida com relação ao Humisolve liquido ?
A legislação brasileira, que é extremamente imbecil, não reconhece a existência de substancias humicas solúveis. Dai, eu creio, que tenha sido acrescentado algum outro nutriente, no caso o Boro para efeito de registro e nesse caso as substancias humicas seriam o “complexante”.
Dez porcento é o máximo que vc consegue dissolver de substancias humicas em agua, isto é 100 gr/L. Qualquer outro produto que te diga
que contem mais do que isso está mentindo e passa então a ser um caso de policia. LIgue 190.
Alguma outra dúvida ?
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Bom dia.
Era realmente isso. A dúvida surgiu também pelo fato de ter visto o concentrado em pó na Agrobiológica, logo pensei que o utilizado na extração deveria ter um teor mais alto de substâncias húmicas. Mas como você disse realmente não encontrei em solução líquida teores maiores que 10%.
Obrigado pela solicitude.
Abraços!
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Aguardando ansioso a técnica de Multiplicação de Microrganismos Eficientes!!!
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Prezado,
Infelizmente certos aspectos da Agricultura são mais arte do que propriamente uma ciência.
Esse é o caso da fabricação de MEM.
No inicio dessa ano deu um curso em Pindamonhangaba, SP, para 40 alunos e demonstrei a
técnica da fabricação de MEM.
Começa que primeiro você tem que capturar esses organismos na mata e é preciso demonstrar
como isso é feito.
Eles fizeram essa parte e não eu e, portanto, não se pode garantir a qualidade da captura.
Depois no momento do preparo sempre faltava algum ingrediente que era, então, substituído por outro.
Resultado, há um mês atrás eles foram fazer uma nova remessa e me ligaram desesperados porque
os dois tambores haviam explodido !!!!!
Eu já colecionei uma infinidade de experiências de fracasso de pessoas que leram as instruções e fizeram
o MEM e no final deu errado.
Por essa razão eu cheguei a conclusão que não vale a pena e decidi não mais publicar o procedimento.
Sinto muito
José Luiz M Garcia
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Olá,
Já li quase todos seus artigos e não lembro se em algum fala sobre o Biochar!!!
Tenho seguido alguns sites que falam em como fazer e inoculá-lo.
Geralmente compro carvão ativado para aquário, pois já esta pronto…
É possível inoculá-lo (ativar) com o compost tea???
Abraço!
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Prezado
Você não precisa comprar carvão ativado de aquário.
O carvão de churrasco já serve perfeitamente só que vc teria que moe-lo.
Em carvoarias eles dão esse pó de carvão de graça.
Sim, vc pode inocular com Compost Tea. É o que geralmente todo mundo faz,
mas se tiver alguma Mata perto de voce é só colocar o carvão por um mês por exemplo
que ele vai sair de lá já totalmente ativado.
Eu vou testar com uma solução de farinha de trigo ou Maizena e depois de impregnar o carvão
com ela colocar direto na mata para atrair principalmente fungos de mata.
Tomando o cuidado de diminuir a tensão superficial da agua com algum espalhante adesivo
não toxico tipo siliconados.
Abs
José Luiz
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Você certamente me honra lendo os meus artigos.
Outra dica que esqueci de te dar é a seguinte.
Um excelente espalhante adesivo para ser usado nesse cultivo caseiro é o
LUFTAL ( Dimeticona ou Simeticona ) então a minha sugestão é fazer uma solução
de Maizena ou Farinha de Trigo e colocar umas 10 gotas de Luftal.
Nessa solução submergir o carvão por um tempo, drenar e levar para alguma Mata,
limpar um pedaço de preferência embaixo de alguma arvore frondosa tirando as folhas
secas até chegar na superfície do solo fungico.
Ali depositar o carvão com a fonte de carboidrato e deixar por uma semana.
Depois voltar e coletar.
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Mas no caso do carvão ativado o processo é feito através da pirolise, tornando-o mais poroso que o carvão comum de churrasqueira, correto???
Isso influencia em alguma coisa?
Pois além de absorver os nutrientes ele serve de colonia para os micro organismos!!!
Por favor pode me corrigir se estiver escrevendo asneiras!!!
Meu problema é que moro em cidade, capital, logo teria apenas parques próximos!
Já tentei fazer coleta de micro-organismos, mas não deu muito certo, desisti!
Por isso havia perguntado do outro método…
Mais um dúvida!!!
Ao incorporar o biochar ao solo, ele deve estar em forma de pó ou pode ser em lascas ou outras granulações???
Pois como tenho o carvão ativado de aquário, ele esta em pequenos pedaços, do tamanho da perlita, mais ou menos.
Eu comprei um tempo atrás uma pequena quantidade de uma empresa que faz produtos orgânicos. Estava misturado a outras coisas, como casca de arroz carbonizada, mas o carvão era moído, apenas alguns pedaços eram visíveis.
Qual a maneira correta???
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Quanto tempo posso armazenar o compost tea ou o uso tem que ser imediato???
É necessário diluí-lo???
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Bom Dia
O Compost Tea deve ser utilizado tão logo esteja pronto.
Se parar o fornecimento de Oxigênio os microrganismos começam a morrer e os números começam a baixar
da mesma forma em que subiram.
Existem alguns agricultores que para levar o Compost Tea do barracão até a lavoura colocam uma bomba
oxigenando a solução para que isso não aconteça.
Portanto, favor não armazenar. Fazer e usar.
Pode aplicar puro e não é necessário diluir. Aliás, os recordes mundiais de cenoura, repolho, brócoli, alho porró, rabanete,
abobrinha e rutabaga foram obtidos no Alaska, que tem um foto período maior no verão, e regados com Compost Tea puro,
sem diluição.
JL
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Parabéns Zé
Mais uma x fez uma bela explanação do seu trabalho
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Boa noite! Recentemente iniciei um compost tea e me surgiu uma duvida quanto a alfafa. aqui na minha região encontramos elas “in natura”. Seria possível utilizar ela desta maneira se eu secar e fazer um farelo dela toda( caules e folhas). Se sim, qual seria a quantidade?
Grato.
Mateus D. Bombarda.
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Eu colocaria de 2 a 3 kg por 100 L da alfafa seca.
Tem vários microrganismos na filosfera e tem o Triacontanol na superfície
das folhas.
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